"Ascensão e queda": romance de estreia!

Saiba como adquirir seu exemplar.

Contos de Wander Shirukaya

Para aqueles que querem conferir o que tenho escrito, dêem uma olhada aqui!

Tergiverso

Sensualidade em forma e conteúdo aguardando sua visita.

O híbrido e a arte

Animes, cinema e literatura

Procurando entrevistas?

Amanda Reznor, André Ricardo aguiar, Betomenezes... Confira estes e tantos mais entrevistados por Wander.

28/02/2010

Univers Zéro - vídeo

Como esqueci de por um video do Univers Zero na discussão de ontem (e estou sem imaginação para um post hoje), aí está: apreciem, comentem. O blog é de vocês.

27/02/2010

Prog, indie e fusion: primos (parte II)

Continuando minha série estapafúrdia que pretende mostrar como o experimentalismo aproxima o prog, o indie rock e o jazz-fusion, falo um pouquinho sobre as bandas de rock progressivo, tomando como exemplo montro sagrado do R.I.O. Bom através da obra de bandas como o Univers Zéro (foto), vemos o quanto a música não tem fronteiras. A banda, também muito influenciada pelo jazz (muitos até nem conseguem definir ou rotular a banda) chuta o pau da barraca, extrapolando conceitos de elementos considerados essenciais para uma canção tais como refrão, tema, melodia, improviso, técnica, feeling. A música de câmara quebra as expectativas de algo facilmente tragável, tão comum à nossa juventude hoje e sempre. Definitivamente, bandas como esta não são para qualquer ouvido. E isso se deve, a meu ver, ao fato de bandas assim se aterem ao experimentalismo, a subverter, romper, fragmentar. O ouvinte da música experimental é um ser insistente, pois para se penetrar um mundo tão intrincado não se há de fazê-lo com duas ou três audições. O R.I.O. mostra muito bem isso tudo, integrando de certa forma aquilo que o bom e velho bruxo do Cosme Velho disse através de seu narrador em Esaú e Jacó, que o leitor atento deve ter quatro estômagos no cérebro para descobrir o que está oculto e é realmente a essência da obra. É, meus amigos, parece que na música não é muito diferente disso (pelo menos na boa música, hehe).

Agradecimentos especiais ao companheiro de debates estranhos e colaborador para esta série, Nando Cabral.
^^

26/02/2010

Barulhinho bom

Pois bem, meus caros amigos, hoje à tarde tivemos mais um encontro de produção do projeto Arcádia Vermelha. O resultado foi promissor. Sentimos uma vibe muito boa enquanto tocamos, a cara de alegria é evidente. Pra ser sincero, não sei se vamos conseguir fazer o projeto dar certo, mas é fato: está tudo muito divertido; fica fácil esquecer que ainda temos muitos problemas a resolver, como por exemplo encontrar um baterista que possa acompanhar os riffs estranhos das canções, bem como tomar gosto pelo experimentalismo "viajado" que é alma para a banda. Que os deuses do rock estejam conosco. Próximo encontro só sexta que vem.

Foto: acervo pessoal.

25/02/2010

A fúria cotidiana (parte I)

Explico agora o que quero dizer com fúria cotiana e exponho como ela caracteriza as minhas narrativas. Tenho como fúria cotiana uma espécie de força imaginária que nos faz querer a todo custo a manutenção da ordem, edo alinhamento, na busca de um panorama totalmente coordenado, sem falhas, perfeito. Tem gente fã de Freud que logo associaria essa força a nosso superego, por este ser responsável pela estabilidade de nossa consciência. A fúria cotidiana é uma força que parece por tudo nos eixos. Com certeza você conhece alguém que lida com ela. Você mesmo já deve tê-lo feito, mesmo que sem perceber ou dar nome aos bois como fiz. Se viu essa fúria, parabéns! Você está consciente e então pode lidar com ela (talvez não fugir, depende de cada um). Entretanto, a maior parte das pessoas é arrastada por ela, acabando alienado e sem a percepção real das coisas. No fim, a fúria se alimenta dessa falta de percepção, que impõe uma posição determinista ao ser com quem se depara. O ser deixa de ser importante. O mais importante é o dia-a-dia, a manutenção na taxa de suicídios, o tempo do banho por uma consciência ambiental, o agrupamento em turmas de iguais, as mesmas roupas, ser original sem se dar conta de que segue um padrão já imposto e ainda assim se sentir feliz devido à falta de percepção (deve ser daí que tiraram que o conhecimento está associado ao demônio, hehe). Os valores mudam, manter a ordem é mais importante, tudo deve estar em harmonia, caos não deve ser tolerado.
Depois continuo, pois a fúria cotiana me empurra para trabalhar.

24/02/2010

Novo layout

Já que algumas pessoas não se sentiam à vontade com o antigo layout, resolvi mudar um pouquinho. Espero que este seja mais simples para vocês, leitores.
^^

Não espere de mim mais que Balelas!


Pois bem, meu queridos leitores, se acompanham aqui viram que postei certo dia sobre a agonia em decidir certas coisas para definir o que será meu livro de contos. Pois bem: é com orgulho que anuncio o título do livro. Balelas tem esse nome devido ao fato de este remeter a algo fútil, trivial, casa-se perfeitamente com a fúria cotidiana de que tanto falo (e explicarei melhor em posts próximos), remete a uma vida sem pretensões e repleta de querelas e quimeras causadas pelas tendências deterministas de nossa sociedade. Por outro lado, o título serve de ironia, isso considerando que você, desgraçado leitor, acabe gostando dos contos que o compõem. São estes dezesseis, que tem seus títulos expostos aqui e agora:


1. O laço

2. Cabelos de sangue

3. Oceano

4. Barcarola

5. Às teclas pretas do piano

6. A fotografia

7. Embrasse moi

8. As viagens de Sakura

9. Pastor versus pastor

10. Um anoitecer em 26

11. A violoncelista

12. A neblina

13. A crucificação de Dona Morte

14. Vida de cão

15. Canções de confortar cadáveres

16. A carta

Outra coisa que comentava posts atrás também foi definida, como podem ver. A ordem dos contos no livro. Destaque para a tríade de abertura, O laço, Cabelos de Sangue e Oceano. Vale lembrar aos curiosos que muitos destes contos circulam em algumas páginas da internet. No mais, aguardem mais detalhes.


23/02/2010

Conto "Embrasse moi" no Silêncio Interrompido


Como postei aqui algum tempo atrás, tenho um conto chamado Embrasse moi, escrito há pouco tempo. E també postei falando que logo mais meus coleguinhas de labuta literária o exibiriam no site de literatura goianense Silêncio Interrompido. A missão de vocês? leiam, comentem , aqui ou em qualquer lugar. Peçam sobremesa para acompanhar, só cuidado com o que pedirem, pois pode irritar o garçom.

22/02/2010

Primeiro ensaio da Arcádia Vermelha


Ocorreu ontem de manhã aquilo que os até agora únicos membros da banda Arcádia Vermelha consideraram o primeiro ensaio. A reunião foi bastante livre e lúdica, e já promete bons frutos. A quantidade de riffs, progressões harmônicas e ritmos já é bem vasta, mas mesmo assim a banda vai trabalhando tudo com calma. Como era de se esperar, nenhuma música foi concluída, embora se tenha tido já um panorama do que a banda deve seguir. Nisto, ambos saíram empolgados com duas canções que já tem seu esqueleto muito bem definido, uma se chama "A chuva" (que já teve sua letra divulgada aqui no blog) e a outra se chama Rock' n' Roll. A banda tende ao heavy metal, com muitos toques de rock progressivo e do rock alternativo dos anos 90. Algumas influências que citaria, a meu ver, são Mastodon, Dream Theater, Tool (foto), Metallica, Sonic Youth, Smashing Pumpkins, Placebo. Acho que mais impressões minhas registro aqui em breve. A próxima reunão da dupla Wander Shirukaya (eu) e Bruno Taffarel deve acontecer nesta sexta, 26/02.

21/02/2010

Entrevistando Geisiara Lima


Apesar da poesia não ser levada a sério na sua cidade, Geisiara Lima vem produzindo em larga escala, pretendendo rumar para novos horizontes logo mais. Eu entrevistei a jovem e agora exibo aqui o resultado.

Wander - Fale um pouco sobre você.
Geisiara - Sou uma criatura falante, gosto muito de se expressar através da palavra. Através de muita conversa com pessoas distintas me veio o gosto para coisas também distintas. Gosto de ler, escrever poesias, pintar quadros e atirar pedras para o alto... Já tentei até tocar um instrumento (baixo) devido ao meu amor à música (rock). Tenho sérios problemas quando o assunto é ficar quieta, estou sempre tenttando inventar coisas novas para fazer. Esse ano embarco numa nova experiência: falo do curso de Filosofia, o qual espero que me proporcione mais uma asa para poder ir ainda mais longe.

Wander - Quais são suas influências?
Geisiara - Em 1999, comecei uma viagem longa na obra de um ilustríssimo senhor, que me ensinou o que são bons contos, romances e poesias: me refiro ao maravilhoso Machado de Assis. Ele é a minha maior influência para escrever, passei muitas tardes com um copo de café lendo seus livros, continuo mergulhando no seu extenso mundo, só que agora divido meu tempo com outros escritores como Lygia Fagundes Telles, Edgar Allan Poe, Augusto dos Anjos, Gregório de Matos, Ivana Arruda Leite; tento absorver um pouco das obras desses escritores para arquitetar a minha. Quanto à arte, minhas influências são muito diversificadas, vão do clássico ao contemporâneo, como Goya, Juarez Machado, Picasso, Abelardo da Hora, e mais uma porção de artistas desconhecidos, amigos, desprezados e ferrados.

Wander - Há algum projeto rolando em mente?
Geisiara - Meus projetos são bem restritos e não funcionam com data marcada, costumam ser elaborados na mente para não sei quando, apenas discutidospara um grupo de quatro amigos que me interessam e são os verdadeiros interessados. Fazemos arte por prazer, os projetos vão surgindo com as oportunidades. Não pretendo expor quadros para as pessoas ignorantese desinteressadas daqui. Como sempre falo aos meus amigos pintores, não quero passar noites em claro maquinando milagres para quem não sabe o valor da arte. Quanto à poesia, comecei o ano disposta; pretendo dedicar mais tempo aos recitais. Ando escrevendo bastante esse ano pretendo escrever duas vezes mais.
Wander - Apesar de a poesia ser bastante difundida na região, aqui em Itambé ela não tem essa bola toda. A que você atribui esta situação?
Geisiara - É muito complicado falar em fazer coisas relacionadas à poesia numa região onde poucos lêem, escrever acho que já é pedir demais! A verdade é que a cidade não oferece oportunidade para que as pessoas abram suas mentes ao mundo poético. Os poucos que se atrevem a insistir na idéia de prosperar nesse mundo são discriminados e tem que procurar oportunidades fora daqui. Prefiro me juntar aos meus ilustríssimos amigos goianenses, timbaubenses e de outras cidades para tentar executar meu trablho dignamente.

Wander - Há, hoje em dia, a meu ver, dois movimentos de poesia: os dos que procuram fazer suas obras o mais soltas possível e os que seguem idéias do concretismo. Você se enquadra em um desses? Como você vê a poesia?
Geisiara - Não há jeito ou fórmula para se fazer poesia. Não me limto a prisões de estilos e movimentos, minhas poesias são elaboradas de acordo com o meu dia, humor, ou de acordo com nada... Basta qualquer pedaço de papel em branco e um lápis para as palavras começarem em frações de segundo a desabrochar.

Wander - O movimento das artes plásticas ainda consegue ser mais obscuro do que a poesia na região. Como se sente ao se embrenhar nesse mundo?
Geisiara - Já passou a fase de me sentir frustrada, a fase das revoltas e discussões para tentar fazer as pessoas abrirem os olhos acerca da minha arte, hoje em dia sou muito segura do que quero: nunca parar. Mesmo que passe a vida sem qualquer reconhecimento não me sinto só, quando escolhi insistir em rabiscos sabia exatamente que caminharia para um mundo obscuro. Adoro fazer arte, independentemente de governos ou fronteiras.

Wander - O que você acha que falta às pessoas da região para que abram seus ohos para a arte que vem sendo feita?
Geisiara - Talvez um pouco de bom senso de seus governantes, que só se importam com o prórpio nariz e o que lhes façam embolsar milhões. Poderiam começar colocando as crianças pra trabalhar arte decentemente na escola, não desenhando em cartolinas coelhinhos da páscoa e papai noel. Depois poderiam disponibilizar espaços para exposições e pricipalmente liberdade aos artistas, não adianta fazer exposição para se mostrar com pautas preconceituosas ou censura. Não pode haver grades ou forcas!

Wander - Deixe uma mensagem para os leitores aqui do blog.
Geisiara - Comecem a ler agora, escrevam, pintem, dancem, trabalhem, vão para igreja, bebam cachaça, se quiserem fumem maconha e pulem da ponte, vão para o congresso fazer protesto, o dia é hoje. O tempo é traiçoeiro, a liberdade preciosa. Tô insistindo nas coisas que gosto, não faço nada pensando em arrependimento, não existe ninguém bom, a justiça já se danou há muito tempo, por qualquer caminho estamos rumo à desgraça. A palavra é: viver!

Fotos: acervo pessoal.

20/02/2010

Mais vídeos

Primeiro vídeo que fizemos na época dos Wind Bees. Mais um clássico.

18/02/2010

As mulheres do Wander (parte III)


The sky falls and you feel like it's a beautiful day...


Sim, há um grupo de personagens feminos em meus contos que são senhoras de si, fazem e acontecem, enfim, são realizadas. Essas, admito, são poucas, prefiro histórias com mentes mais perturbadas (hihihi...). Acompanhemos um trecho do conto Oceano, de minha autoria:

"Iara, como toda boa patricinha, exibe-se num intenso mar de beleza afrodisíaca. Top less. Se pudesse fazia tudo less, só para que as retinas circunvizinhas melhor a desenhassem. Mas naquele dia algo de diferente acontece: ela vê o mar, e no mar avista a sua paixão, o surfe. Vou me dedicar e aprender de uma vez por todas. Assim vai ao encontro do mar, de encontro a Lucas. Segue-se a maré de gírias, beijos e declarações de amor à liberdade".


Neste parágrafo vemos a descrição de Iara, a personagem que apesar de se deparar com uma tragédia no texto, é apresentada como panacéia, como divindade do mar (deve ser daí que vem o nome dela), como um exemplo de beleza, sagacidade, dando ênfase para uma característica invejada por muitas pessoas (não apenas mulheres): a liberdade. Iara é livre para voar, surfar, namorar, viver a vida no melhor dos sentidos. Ela parece ter a o oceano e o mundo inteiro aos seus pés. Isto de certa forma aumenta a caraga dramática da tragédia vivida por ela, o que por agora não vem ao caso. Mas é fato que ela parece quase inverossímil dada a perfeição que lhe é atribuída. Acho essa personagem linda, embora seja suspeito para falar.
Outra que citaria é a Berenice da segunda versão do conto A violoncelista. Exímia violoncelista, bela e impiedosa, não deixa que o ciúme a corroa. Podemos questionar seus métodos de libertação, mas não há como negar que realmente isso contribui muito para sua felicidade dentro do texto.
Assim que tiver mais idéias retorno. ^^

17/02/2010

Letra indédita

Inspirado pelo anúncio do retorno da Arcádia Vermelha e pela nossa discussão sobre qualidade das letras, resolvi postar uma das minhas para a avaliação de vocês. Não sei se mais tarde ela venha a ser uma canção para a Arcádia ou até mesmo para os Simbiontes, mas tá aí. Arriscam uma análise? Postem comentários. Enjoy!


A chuva

Pé ante pé, adentro devagar pra divagar

Sem fôlego, procuro um lugar pra descansar

As viagens que fiz me deixaram tão incapaz...

Eu não agüento mais [2x]


Quero o conforto do meu quarto

Quero cortinas sem fumaça

Quero sentir luzes escassas

Que me supram a lucidez de viver


Alguém me terá assim que encontrar água


Viver a bolha inconsistente da sede

Até que não é mal

Quando no torpor das miragens

Do amor redundante

Que não me sai da cabeça

Que não me sai da barriga

Tal a dor da lombriga

Correndo pra se embriagar

De dois pra lá, dois pra cá.


Viver a sede me aliena; viver a sede me afoga

Antes tivesse uma toga pra poder pisar em você,

Conquistar quem desse as caras

Só pra ver se a sede pára.


Alguém me terá assim que encontrar água


Moço, por quem me toma?

Não me leve a mal...

Os rachões nos pés não são os da cabeça

Eu não agüento mais [2x]


Quero o conforto do meu quarto

Quero cortinas sem fumaça

Quero sentir luzes escassas

Que me supram a lucidez de viver


Alguém me terá assim que encontrar água


E quando seus amores se forem

Não esqueça de avisar

Vai dar gosto de ver na minha horta chover.


Wander Shirukaya

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