"Ascensão e queda": romance de estreia!

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Contos de Wander Shirukaya

Para aqueles que querem conferir o que tenho escrito, dêem uma olhada aqui!

Tergiverso

Sensualidade em forma e conteúdo aguardando sua visita.

O híbrido e a arte

Animes, cinema e literatura

Procurando entrevistas?

Amanda Reznor, André Ricardo aguiar, Betomenezes... Confira estes e tantos mais entrevistados por Wander.

26/10/2011

Silêncio mais interrompido do que nunca!

Pessoal, é com muito gosto e alegria que trago para vocês uma ótima notícia aos amantes de literatura. O movimento literário Silêncio Interrompido, que tem sacudido artisticamente a mata-norte de Pernambuco nos últimos anos através de seus anárquicos recitais, mostras de vídeos, cartazes e intervenções poéticas diversas, acaba de ser condecorado com a aprovação do projeto do livro "Goiana Revisitada" pelo Funcultura. Também me sinto orgulhoso de fazer parte dessa turma e colaborar com o projeto em sua revisão. No mais, aguardemos, certos de que muita coisa boa vem aí. Como diz o filósofo, "é nóis"! 
Vamos em frente que atrás vem gente!

24/10/2011

Livro I; Cap. XXII: O embate entre os clérigos da guerra

Eis que a fuga se deu, e, durante esta, Kittie explicou que fora torturada por Rorudan e pelo General Heidegger, chefe das tropas de Kandarah. Como não colaborava, acabou perdendo um olho e um braço. Isso a fez revelar que os aventureiros estavam atrás da Vila Parn, o que causaou a prisão deles logo na chegada ao continente do Deserto Verde. Havia ainda dúvidas entre o grupo: parte acreditava que Kittie realmente estava ajudando o grupo, fato que se comprovaria pela contribuição dela na fuga da masmorra do castelo de Junichiro. Por outro lado, alguns do grupo levantavam a hipótese de ser tudo mais alguma tramóia, já que Kittie era uma clériga das trevas. Afinal, por que o interesse de Kittie em ajudar o grupo rumo à Parn? O conflito estava plantado. Dormiram desconfiados durante a jornada, Kittie não apresentou nenhum comportamento estranho, inclusive ajudando em eventuais batalhas. Durante essas o grupo viu sua nova arma. A antiga espada-estrela não mais era manuseada, dando lugar a uma espada aparentemente comum. O fato é que era um ladra das nove vidas, que ao acertar com perfeição um ponto vital do oponente, podia lhe tragar a alma para dentro da espada. Isso causaou ainda mais cautela aos componentes do grupo. 
Já próximo à vila, Dankill, Zephir e os demais se deparam com um rosto conhecido.
- Finalmente os encontrei - bradou Karina. 
- Sua mizera! - Hildegard, arquiinimigo da clériga, prontramente mandou que os demais se afastassem. Teriam um duelo justo para ver quem merecia permanecer vivo.
- Mas Hildegard, não precisamos de um embate, ela está em desvantagem, ignoremos. 
- Vão na frente, saiam daqui e depois alcanço vocês!
Depois de muito relutar, acabram seguindo seus berros para que seguissem sem ele. 
- Vamos confiar, falou Milo, Hildegard é forte, voltará são e salvo.
Enquanto todos se distanciavam seguindo à vila Parn, os dois clérigos se olhavam face a face, sacando suas espadas:
- Esperei tanto por esse momento...

21/10/2011

Entrevistando Amanda Reznor



Quanto tempo não entrevistava alguém? Nem lembro, mas é sempre bom  retomar coisas que são interessantes. E seções interessantes requerem pessoas ilustres. Portanto, trago a vocês, leitores, a entrevista que fiz com a escritora e compositora paulistana Amanda Reznor. Com todo o The Downward Spiral rolando ao fundo (ao menos cá no meu cafofo), falamos sobre litfan, questões éticas, música e tudo mais que você confere a partir de agora. Enjoy!

Wander Shirukaya- por que Amanda Reznor?
Amanda Reznor - porque sou uma grande fã  de Trent Reznor, cantor da banda Nine Inch Nails!

Wander - Trent é famoso pela forma polêmica de se expressar. Você acredita que isso também se reflete na sua arte?
Amanda - acredito que sim, principalmente porque quando me "tornei" Amanda Reznor eu estava na fase "rebelde" da minha adolescência: 17 anos. Foi quando a minha produção musical teve sua maior expressividade, também. Além disso, por causa de bullying sofrido nas diferentes escolas em que estudei, eu acabei nutrindo algum desagrado pelo meu próprio sobrenome.

Wander - você pode citar um exemplo dessa influência em seu estilo?
Amanda - sim. Eu não sou muito afeiçoada às regras. Aprecio e dou ouvidos às boas sugestões que me fizerem, porém gosto de sair do convencional, sempre gostei. Assim, eu costumo usar muito neologismo em meus escritos, não tenho medo de descrever cenas eróticas ou violentas (embora eu prefira dar um sentido a essas descrições, não curto apelo gratuito). Mas acho que a minha irreverência está principalmente nas minhas músicas. Tenho uma, por exemplo, que se chama "Imago Dei" (Deus que se...). É a minha letra mais polêmica, uma vez que eu critico não a Deus ou às religiões, mas sim às pessoas que estão por trás e em meio a isso.

Wander - você também tem afeição pela literatura infanto-juvenil, a qual vemos que questões como sexo ou violência são mais "delicadas". Em tempos de escrita "politicamente correta", como você lida com esse impasse?
Amanda - eu não me importo em agir de forma comportada quando preciso. Também sei respeitar as pessoas e cada momento. Em meu livro solo, Vale dos Segredos, com previsão de lançamento para 2012, há uma trama mais sutil, e a violência ficou sugerida pela imagem da morte e do desespero, alguns parágrafos mais pungentes, porém não está aflorada; e o sexo é praticamente inexistente - só coloquei umas beijocas em uma banheira [risos]. Já em se tratando de um escrito estritamente infantil, tenho um conto chamado "Do Jacaré Guloso Que Queria Comer" e "Do Primo do Jacaré, Que Mordeu o Próprio Pé". Eu diria que é beeem inconvencional, mas não chega a ser impróprio [risos].

Wander - o "filtro" a que a literatura infantil pasa em nosso país é interessante de se debater. Contos para crianças do uruguaio Horacio Quiroga são muitas vezes censurados ou despertam pouco interesse das editoras brasileiras exatamente pelas cenas de violência, enquanto em seu país de origem ou alguns circunvizinhos não há problema algum. Você acredita que a nossa percepção da relação entre violência e criança é muito rigorosa?
Amanda - eu acho que essa questão é um tanto hipócrita, Wander. Afinal, para começar, a leitura é pouco incentivada entre os pequenos, na minha opinião (eu não vejo crianças lendo, a impressão que tenho é que este desejo pela leitura começa a surgir - quando surge! - na puberdade, a não ser que haja não só incentivo, como também exemplo dos pais). E se as crianças não lêem, o que fazem no tempo livre? Assistem à televisão, é claro! E uma minoria tem o luxo da TV paga, então vai canal aberto, mesmo. Fora a Cultura (não querendo fazer propaganda, mas já fazendo) e a Rede Escola, vejo poucos canais com uma programação mais dedicada ao público infantil. Minha filha de três anos, por exemplo, adora o Pica-Pau. Eu tenho mais de 100 DVD's infantis em casa e sabe um dos quais ela mais gosta? Uma animação não muito conhecida por aí, chamada Coraline, baseada em uma história do Neil Gaiman. O Gaiman, como você deve conhecer, não é lá muito bonzinho com os seus temas, porém quando escreve para crianças ele sabe abordar o sombrio, a dor e a morte de formas muito interessantes, até atrativas.

Wander - Pica-pau me parece um bom exemplo de "politicamente incorreto" para crianças.
Amanda - Pica-pau, politicamente correto? Mas ele engana todo mundo e se dá bem no final [risos]!

Wander - correto.
Amanda - ah, sim! Falha minha [risos]!

Wander - acho que ele nasceu no Brasil.
Amanda - é, poderia ser brasileiro mesmo! É a cara do... Bem, deixa pra lá [risos]. É, eu não gosto do Pica-pau, mas não sei por que a minha filha - e acredito que muitas outras crianças - o adoram tanto. Eu lembrei agora de um caso na minha família. Minha tia comprava alguns livros de contos de fada para minha prima (não adiantou muito, hoje em dia a bichinha só quer saber de ficar largada na frente da TV - e depois dos 18 eu acho que tem pouco conserto! [risos]) e havia um deles, em especial, do qual eu gostava muito e pedia para que ela lesse para nós duas, antes de dormir. Um dia eu fui visitá-las e não encontrei mais esse livro. Quando perguntei onde ele estava, minha tia disse que o deu para uma instituição, pois no livro havia personagens que morriam e ela achava aquilo impróprio para a minha prima (na época com 5 anos). Eu acho muito exagero, a morte deve sim ser exposta à criança, ela deve ter contato com a realidade, apesar de numa forma mais branda que o adulto, mas ela deve aprender a lidar com estas questões, é muito importante a criança perceber que a vida real tem seu lado bom, mas também um lado mau, muito mau, e que está presente no nosso cotidiano.

Wander - qual sua relação com a literatura fantástica?
Amanda -  Wander, sendo fiel à minha "irreverência", eu não gosto de me sujeitar a um limite criativo quando estou escrevendo, e por isso um dos gêneros com que mais me identifico é com a literatura fantástica. Eu quase sempre escrevo literatura fantástica, embora meu livro principal (que eu considero Vale dos Segredos, meu filhote favorito [risos]) é suspense com um toque policial, mas não deixa de ter seu conteúdo fantástico (que será bem mais explorado no  2 º volume, já que a personagem do 1º é cética e desacredita tudo o que ocorre ao seu redor).

Wander - como pesquisador do gênero, tenho percebido que há muita divergência entre críticos e autores sobre a sua definição. Para você, o que é o fantástico?
Amanda - em síntese, para mim, fantástico é tudo o que contraria a realidade ou os padrões aceitos pela fisica; pode ter seus subgêneros dependendo da temática, como o paranormal, criaturas sobrenaturais, etc, mas é um dos gêneros mais livres de todos, pois permite a criação em toda a sua abrangência.

Wander - atualmente o gênero anda em alta. A que você atribuiria essa situação?
Amanda - justamente pela facilidade de criação dentro do fantástico, que é ilimitada. Já um texto Sci-Fi, por exemplo, demanda pesquisa e muito mais suor por parte do escritor, caso queira integrar algo dentro do gênero, porque é um universo restrito, tudo precisa ser repensado para estar dentro de um padrão aceitável, deve-se criar dentro das possibilidades; agora a literatura fantástica, apesar de ser mais fácil de se escrever, pode ser de má ou boa qualidade, e eu acredito que uma estória amparada pela história terá sua qualidade elevada, sempre. Escrever por escrever é muito fácil, e qualquer coisa pode ser considerada literatura fantástica, mas nem por isso o texto apresentará qualidade - aliás, justamente por este leque imenso de possibilidades é que se destacar no fantástico é mais difícil - "vencerá" quem for mais criativo e, é claro, souber unir com uma boa dose dessa criatividade o fantástico à realidade.

Wander - pergunta de praxe: o que você anda lendo e ouvindo?
Amanda - estou batendo o recorde [risos]. De segunda para cá eu li Cira e o Velho, do Walter Tierno (indicadíssimo), Dois Minutos de Gasolina para a Meia-Noite (do Ricardo Carlaccio, muito bom!), Ventos Poéticos, organizado pelo Cristiano Rosa, e estou quase terminando o livro Capitão, do Sérgio Prado, que comecei a ler hoje. Quanto à música, esta semana ouvi Pink Floyd para bebês, com minha filha [risos], Foo Fighters e Rihanna - tá, eu também gosto de porcaria [risos].

Wander - fale um pouco dos seus projetos, o que podemos esperar para o futuro?
Amanda - eu fui convidada para duas antologias Sci-Fi (ainda não posso revelar os nomes), mas meu conto dependerá de aprovação. Se der certo, estarei nas duas ano que vem. Meu livro, Vale dos Segredos, também tem previsão de publicação para o ano que vem e eu estou escrevendo o segundo (embora com passos de tartaruga), chamado Alucinações do Escuso. Como trabalhos de maior cunho, estou organizando, ainda, uma antologia chamada Mil e Uma Mortes, que será uma recriação de As Mil e Uma Noites e contará com grandes autores que têm se destacado no círculo da literatura fantástica.

Wander - ia perguntar exatamente sobre esta adaptação de As mil e uma noites. Vi um vídeo de uma entrevista sua sobre o assunto. É um projeto interessante e, me parece, audacioso. Você pode discorrer um pouco sobre ele?
Amanda - claro, você já deve ter percebido como eu gosto de falar de mim (ou dos meus projetos [risos]). Então, este é um projeto realmente audacioso, e quero não apenas captar a essência da original produção d'As Mil e Uma Noites, com seus contos de fundo erótico, como também aumentar a aura sombria dessas estórias. Alguns autores já me apresentaram ideias muito interessantes, e nada fugirá do mundo árabe, porém a história de Sheerazade e Chariar estará invertida: por causa de uma vingança arquitetada por Sheerazade, Chariar agora está amaldiçoado, com o dever de narrar um conto por noite a um gênio traiçoeiro que, se não ficar contente com as histórias, devorará o reino inteiro antes que amanheça. Só que o gênio, enquanto ouve a narrativa, terá o direito de devorar uma vítima, oferecida a cada noite, e esta vítima deve ser mantida até o final da história para saciar o gênio - do contrário, todos pagarão.
Daí a origem do nome: Mil e Uma Mortes.

Wander - a literatura contemporânea, não necessariamente a fantástica, vai bem? Discorra um pouco sobre sua percepção dela. 
Amanda - nesta pergunta você se refere ao que estou lendo ou escrevendo?

Wander - lendo. Ou ouvindo de criticos, outros autores...
Amanda - eu tenho dado preferência aos livros que adquiri recentemente em eventos, e a maioria deles é de literatura fantástica; admito que me afastei um pouco do resto, porém o que vejo que está tendo um ótimo amparo da crítica é o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, do Leandro Narloch, que já li e achei muito bom - bem escrito, interessante e bastante sólido, com apresentação de documentações e da extensa fonte de pesquisa do autor. Como sempre, fugindo do convencional [risos]. Fora isso, tenho notícia de colegas autores que estão obtendo ótimas colocações em concursos, como o amigo Jádson Neves, que obteve 1 º lugar no Ignácio Loyola Brandão, e o Edweine Loureiro que, mesmo estando lá no Japão, vive entre nós através dos concursos literários, presentando-nos com bons contos. Sinceramente, eu não saberia falar muito de escritores contemporâneos que não estejam próximos de meu círculo. Sei dos antigos e dos internacionais, mas fora isso eu realmente não saberia opinar. Até vejo este como um ponto meu que precisa de atualização - sou meio distante de rádios, jornais e televisão, fico desligada do mundo.


Wander - e a música?
Amanda - eu não posso dizer que sou eclética e posso até ser linchada por dizer isso, mas odeio samba, pagode, axé, sertanejo e afins. Funk eu curto o ritmo, mas detesto as letras nacionais. Sou amante do rock, principalmente de Carpenters, Blackmore's Night, Nine Inch Nails e os clássicos em geral, gosto de MPB, mas das fases mais antigas de prodígios como Chico Buarque, Marisa Monte, Gilberto Gil (sim, ele teve sua fase boa), Boca Livre, Beto Guedes, Ney Matogrosso, Cazuza, Raul Seixas, enfim, posso citar vários, mas serão semelhantes na qualidade aqui apresentada [risos].


Wander - que conselho você recomendaria ao escritor iniciante?
Amanda - então, eu aconselho os iniciantes a começarem sua incursão na literatura através dos inúmeros concursos existentes, que leiam mais ou na mesma proporção com que escrevem e que escrevam um pouco todos os dias, acho que estes três passos são fundamentais para quem quer angariar boas publicações.

Wander - por fim, deixe uma mensagem aos leitores do blog.
Amanda - eu gostaria de agradecer aos leitores pela paciência de ler uma entrevista tão grande [risos], e também dizer que as duas peças fundamentais da literatura são o escritor e o leitor - a existência de um sempre dependerá da do outro, e é por isso que eu estou feliz de poder fazer parte deste inteiro, que só é completado por vocês. Então, por favor, nunca deixem de ler!

Wander - obrigado!
Amanda - ao seu dispor! xD

Fotos cedidas pela entrevistada.


19/10/2011

Como foi o III Sarau do CAIXA BAIXA






Amigos, rolou no último sábado, dia do professor, o II Sarau do CAIXA BAIXA, desta vez debutando na cidade de Campina Grande - PB. O ambiente azulado ficou muito interessante, embora, como vocês podem perceber no vídeo, prejudique um pouco a nitidez. Serve, no saldo como registro. Destaque para as inspiradas contribuições da platéia e de betoteuinomenãoésuavemenezes e Roberto Denser. Aprecie e comente.

Vídeo produzido e editado por Bruno R. R. Santos.

Sobre "Madeixas"

A produção literária segue de vento em popa, e é em ritmo de tempestade produtiva que comento mais uma cria. Madeixas é um conto que traz um homem como protagonista (até que enfim!), um rapaz que relata sua cisma com o comportamento de Irina, sua esposa. Tudo ia bem, conforme ele nos exibe desde o seu primeiro encontro até a rotina do casamento. A mulher perfeita, que ama até futebol. Mas, de uma hora para outra, algo muda. Ela não vê nada demais, mas ele fica completamente desnorteado, chegando ao ponto de... 
A narrativa envereda pelo fantástico, pois como vocês devem estar acompanhando, estou compondo uma série de textos desta linha. Quem se familiariza para o que chamo de "perspectiva moderna do fantástico", ou seja, a que se encaixa nos estudos do búlgaro Tzvetan Todorov (que, por sinal, me agradam muito) vai se sentir em casa. Vejamos logo mais as surpresas que guardam esta história. 

17/10/2011

O fantástico invade Pernambuco!


Meus amigos, estou de volta para mais um anúncio. Realizar-se-á (que chique!) nos dias 03 e 04 de novembro de 2011, o I Encontro de Literatura Fantástica de Pernambuco. O evento prova a literatura fantástica tem tido uma projeção cada vez mais flagrante, uma vez que as portas da Academia têm se aberto mais para compreender este gênero (a exemplo do que ocorre em São Paulo com eventos como o Colóquio Vertentes do Fantástico na Literatura, promovido pela UNESP).  



O evento terá três grandes grupos temáticos, sendo estes "Literatura Fantástica Oitocentista", "Teorias do fantástico" e "Fantástico Ontem e Hoje".  Para minha alegria, participarei das comunicações com uma análise de "Lua crescente em Amsterdã", da minha musa Lygia Fagundes Telles. Haverá também a participação das pensadoras Maria Cristina Batalha, Karin Volobuef e do escritor Bráulio tavares. Sendo asim, a quem interessar, nos vemos lá! 



16/10/2011

Sobre "A dança das abelhas"

Continuando minha produção artística mais voltada ao mundo fantástico, comento um pouco uma de minhas novas crias. A dança das abelhas não é mais uma invenção do axé; trata-se de um termo utilizado para se referir à "linguagem" utilizada por estes insetos como forma de comunicação durante suas atividades de rotina. Temos no conto então a história de Melissa, uma moça de adolescência tardia que resolve fugir de casa para buscar uma vida nova. Entre suas divagações e lembranças da "outra vida", Melissa pára num campo de vastas flores, onde tem uma experiência estranha ao espirrar devido ao pólen.   O fim do conto não traz um desenlace claro, mas projeta ao leitor todo o dilema da protagonista (eu acho). No mais, cabe aqui dizer que, tal como alguns outros contos produzidos nos últimos tempos, este foi fruto de um desafio do Clube do Conto, em que o tema foi "pólen". Até mais.


14/10/2011

Acho que ouvi um ganido: por que é tão difícil achar uma letra boa? (parte IX)



Saudações amigos, fazia um tempo que não discutíamos sobre boas e más letras de música. Sendo assim, retomo nossa série trazendo para a discussão um grande artista que tem causado polêmica por onde seu novo disco tem tocado a ponto de fazer muitos se perguntarem se não seria hora de uma parada em sua carreira: Chico Buarque. Entretanto, não é da famigerada mulher sem orifício de que falaremos (quem sabe no futuro?). Com vocês, Sinhá:

Sinhá, por Chico Buarque e João Bosco.

Se a dona se banhou
Eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor
Eu não olhei Sinhá
Estava lá na roça
Sou de olhar ninguém
Não tenho mais cobiça
Nem enxergo bem
Para que me pôr no tronco
Para que me aleijar
Eu juro a vosmecê
Que nunca vi Sinhá
Por que me faz tão mal
Com olhos tão azuis
Me benzo com o sinal
Da santa cruz
Eu só cheguei no açude
Atrás da sabiá
Olhava o arvoredo
Eu não olhei Sinhá
Se a dona se despiu
Eu já andava além
Estava na moenda
Estava para Xerém
Por que talhar meu corpo
Eu não olhei Sinhá
Para que que vosmincê
Meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá
Mas oro por Jesus
Para que que vassuncê
Me tira a luz
E assim vai se encerrar
O conto de um cantor
Com voz do pelourinho
E ares de senhor
Cantor atormentado
Herdeiro sarará
Do nome e do renome
De um feroz senhor de engenho
E das mandingas de um escravo
Que no engenho enfeitiçou Sinhá


Como podemos ver, o tema da canção pode ser visto como a discriminação racial e a escravidão. a pequena narrativa nos apresenta um escravo que argumenta contra seu açoite, este causado por supostamente ter visto a sinhá em seu banho. Dentro desse discurso que é quase uma prece, temos na voz poética os ecos da disseminação da idéia do homem branco como superior: "Por que me faz tão mal / Com olhos tão azuis". Outro reflexo da imposição da cultura caucasiana/ branca pode ficar evidente ao percebermos a mistura de crenças que está compondo o protagonista:  "Eu choro em iorubá / Mas oro por Jesus". Sem dúvido, um conflito exposto de maneira bastante comovente.

Até aí já teríamos uma grande canção, mas, como se não bastasse, os últimos versos nos apresentam uma reviravolta nos fatos que engrandece ainda mais a obra. Descobrimos que a história está sendo passada não pelo próprio escravo, mas por um cantor que também é produto da miscigenação e do entrecruzar de culturas: "E assim vai se encerrar /O conto de um cantor /Com voz do pelourinho E ares de senhor". Os três últimos versos, além de enfatizarem a idéia agora aqui exposta, põem em xeque o discurso, graças a palavra "enfeitiçou". A palavra bem pode representar o encantamento da sinhá para com o escravo, seja por atração física ou por uma "mandinga" do escravo, sugerindo uma traição. Entretanto, o disurso do escravo é categórico como não tendo visto a senhora ao banho; como não temos o ponto de vista da senhora, não temos como saber se o que ele relata aconteceu assim, enquanto o cantor também se abstém de explicação ou de tomar qualquer partido. O final em aberto, ainda por cima, impõe ao leitor/ ouvinte uma revisão da sua própria forma de pensar, pois, por questões psicossociais, tenderíamos a confiar na palavra do escravo, como se um negro fosse incapaz de envolver-se com a moça branca, esposa do senhor de engenho. E então houve adultério? Sim? Não?

Bom, o exemplo de uma grande música está dado, também servindo aos que acreditam que o grande Chico "já deu o que tinha de dar". Essa canção mostra que aidna há vida ná música - consequentemente, boas letras. Deixo vocês com um videozinho para animar.



13/10/2011

O blog trocou de pele!


Amigos, apresento-lhes a nova cara do meu blog. O layout privilegia um formato informativo já conhecido de quem aqui frequenta, só que trazendo maior mobilidade. Além do slideshow destacando principais séries e páginas, você pode ter acesso aos posts mais populares, tags e ao arquivo logo no início da sidebar; há também ícones para me encontrar nas principais redes sociais. Vejamos os principais menus de destaque:

Perfil: aqui você encontra informações sobre o autor do blog (eu, claro);
Contos: todos os contos já publicados aqui estão arrolados nesta seção;
LitPB: menu com links interessantes para quem quer conhecer a literatura paraibana. Há uma guia de sites mais informativos e outros links mais voltados à produção literária em si. Dei ênfase aos escritores mais jovens, como pode ser visto;
Mídia: seção com sites com os quais colabor, tais como o CAIXA BAIXA e o Silêncio Interrompido.
Bom, acho que as informações básicas foram dadas. No mais, é sempre aquele lugar aguardando sua visita. 
Amplexos. 



06/10/2011

Como foi o Lançamento de "Balelas" - 05/10/2011


Uma noite muito agradável para mim foi a desta quarta-feira, 05 de outubro de 2011. Ela marcou o dia em que minha cria, Balelas, veio aos rostos dos convidados que me prestigiaram no Terraço Brasil, Cabo Branco, João Pessoa - PB. Impossível não dizer que este lançamento não tenha sido um sucesso. Grandes amigos, escritores, professores; companheiros de copo e de cruz foram até lá não apenas por mim (havia outros lançamentos durante o evento), mas é fato que aqueles que se deparam com meu livro me pareceram muito felizes. 


Agradeço a presença de todos que lá estiveram, no ensejo de muitos outros lançamentos possam se concretizar oportunamente. Obrigado especial ao amigo e escritor Félix Maranganha, que conduziu a apresentação de Balelas aos presentes. No mais, sigamos, a jornada está apenas em seus primeiros passos. Até mais.


Venda Online: você pode adquirir seu exemplar entrando em contato comigo pelo meu e-mail. Caso seja de preferência, há também a possibilidade de comprá-lo através da loja do site da Mutuus, que deve ser aberto logo mais. Também haverá em breve uma loja no site do CAIXA BAIXA, grupo de que faço parte. Dúvidas, críticas, sugestões e comentários são muito bem vindos ao meu e-mail. 

Fotos: (1) Eu e os organizadores do evento; (2) Balelas em exposição; (3) Como onde tem litPB tem CAIXA BAIXA, mais uma foto do grupo para a posteridade.


03/10/2011

Quarta, 05/10 - Lançamento Oficial de "Balelas"


Sim, meus amigos. Meu primeiro livro de contos terá seu lançamento nesta quarta-feira. Portanto, este post serve como resumo aos que quiserem ir ao lançamento ou adquirir o livro posteriormente. Vamos lá:



SHIRUKAYA, Wander. Balelas. 1 ed. Rio de Janeiro: Mutuus Editora, 2011. 
ISBN: 978-85-64722-05-7
Páginas: 104.
Prefácio: Liane Schneider
Preço: 28,00 R$
Local de lançamento: Terraço Brasil, Cabo Branco, João Pessoa - PB
Data e horário: quarta-feira, 05/10/2011, às 19:00h.


Venda Online: você pode adquirir seu exemplar entrando em contato comigo pelo meu e-mail. Caso seja de preferência, há também a possibilidade de comprá-lo através da loja do site da Mutuus, que deve ser aberto logo mais. Também haverá em breve uma loja no site do CAIXA BAIXA, grupo de que faço parte. Dúvidas, críticas, sugestões e comentários são muito bem vindos ao meu e-mail. 
Obrigado a todos!

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