"Ascensão e queda": romance de estreia!

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Contos de Wander Shirukaya

Para aqueles que querem conferir o que tenho escrito, dêem uma olhada aqui!

Tergiverso

Sensualidade em forma e conteúdo aguardando sua visita.

O híbrido e a arte

Animes, cinema e literatura

Procurando entrevistas?

Amanda Reznor, André Ricardo aguiar, Betomenezes... Confira estes e tantos mais entrevistados por Wander.

28/09/2010

Lygia em vídeo-conto




Oi, como tenho estado meio atarefado nos últimos dias não pude me dedicar ao blog, deixo então para compensar o belo conto "A medalha" da minha adorada Lygia Fagundes Telles, interpretado pela grande Maria Luísa Mendonça no programa Contos da Meia-noite da TV Cultura. Espero que gostem.

23/09/2010

Sobre "A violinista"

Finalmente mais um conto é "parido". Mais uma vez, a música é pedra fundamental, trazendo o insólito para dentro da situação vivida pelo protagonista. Estranho e engraçado: descobre que o casal vizinho tem práticas estranhas durante a noite, ouve golpes, gritos contidos ao extremo... e depois uma bela canção executada ao violino. A voz da curiosidade o joga para compreender, descobre um adultério, que acaba trazendo um desfecho que não pode mensurar, o sorriso nos lábios da moça vingada...
De tema suavemente erótico, o conto apresenta um narrador que pouco afirma, apenas presume, convidando o o leitor mordido pela curiosidade a descobrir os porquês. O violino incessante parece tocar o réquiem do prazer e da vingança.


20/09/2010

Entrevistando Liane Schneider

Olá, pessoal. Já tinha um bom tempo que não aparecia uma entrevista aqui no blog. Para quebrar o jejum, mostro agora a conversa que tive (via e-mail) com a Profª Drª Liane Schneider, da UFPB. Vejamos então.

Wander - na condição de mulher e de pesquisadora, como você avalia a representação da figura feminina na literatura de nossos dias? Você acredita que a literatura na atualidade tem dissipado o "ar misógino" que muitas vezes esta chegou a apresentar ao longo dos anos?

Liane - eu particularmente prefiro utilizar a expressão ‘mulheres’ do que ‘figura feminina’, pelo próprio essencialismo implícito neste último termo. O que é ser feminina? Serão todas as mulheres e todas as escritoras e personagens igualmente “femininas”? Haverá necessariamente algo em comum entre todas as personagens femininas? No mesmo sentido prefiro utilizar a expressão “ literatura de mulheres” do que literatura feminina, o que trata tal autoria de forma menos pré-concebida.
Acredito que, por uma questão de temáticas abordadas, bastante marcadas pelas experiências vividas, grande parte das mulheres tende a se identificar mais com textos de outras mulheres. Por isso mesmo, não é casualidade que autoras brasileiras como Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Adélia Prado, entre outras, tenham assumido um lugar fundamental no que se refere a tal produção. A obra delas certamente ultrapassa o rótulo – ‘literatura feminina’ – até desconstruindo tal noção em muitas oportunidades. Contudo, elas falam sobre coisas que interessam a diversas mulheres (e, obviamente, alguns homens também) e, apesar de serem mais ou menos rebuscadas, conseguem manter um bom e fiel público leitor ao longo de décadas, tanto no território nacional como internacional. Talvez, porém, se não fosse a existência e desenvolvimento da crítica de cunho feminista, algumas destas obras passariam em branco, já que a crítica mais tradicional não demonstrava grande interesse inicial em garimpar novos nomes de autores e autoras provenientes de lugares e posições diferentes daquelas tradicionalmente atreladas aos intelectuais nacionais – historicamente brancos e masculinos. No que se refere à segunda pergunta, portanto, tenho certeza que, sim, as coisas mudaram e muito. O discurso é outro, o feminismo é outro, o que não quer dizer que todas as misoginias foram vencidas, mas sim, que há melhores instrumentos para se lidar com elas.

Wander - que grandes autores você citaria como recomendação aos leitores deste blog?

Liane - recomendar é tentar indicar algo não óbvio, certo? Neste sentido, eu recomendaria a leitura do que Conceição Evaristo tem escrito, que vem crescendo cada vez mais em dimensão; dentre seus poemas e romances, destacaria Ponciá Vicêncio. Aqui na Paraíba, Maria Valéria Rezende tem escrito contos e romances interessantíssimos. Nos Estados Unidos, falando muito da Índia, Jumpha Lahiri. Alguns dos outros grandes, a meu ver, são Clarice Lispector, William Faulkner (EUA), Dionne Brand (Canadá). Em teoria, Edward Said, Stuart Hall, Judith Butler.

Wander - como costumo perguntar a todos que são entrevistados, o que anda ouvindo de boa música e o que recomendaria?

Liane - gosto muito de algumas composições de Vítor Ramil, músico gaúcho que esteve em João Pessoa há poucos dias. Aliás, sua música e literatura são de grande qualidade, a meu ver.

Wander - você acredita que o ensino de literatura tem melhorado nas escolas e universidades? Que medidas você sugere para superar a grande deficiência que muitos alunos têm no que tange à leitura?

Liane - essa pergunta pode render um livro ou uma vida de estudos. Mas vá lá, vamos dar o passo inicial da minha trilha. Acho que motivar alguém que, a priori, não gosta de ler é algo dificílimo. Muitas vezes é falta de hábito e habilidade em lidar com o material. Ás vezes, ler em sala, em voz alta, é uma opção. Noutras, encenar estórias antes de lê-las. E por aí vai. Acho que ir do próximo ao distante é algo que estimula também. Permitir que relações entre contextos conhecidos e desconhecidos sejam estabelecidas, permitindo algum tipo de identificação provisória por parte dos leitores. Fui muito sucinta? O que se há de fazer, é meio estilo. Entrevistar Liane é poupar caracteres.....mas vamos à mensagem...

Wander - deixe uma mensagem para os leitores do blog.

Liane - na verdade não é minha, mas de Nathaniel Hawthorne, citada como epígrafe do livro Terra Descansada, de Jumpha Lahiri:
A natureza humana não irá vingar, não mais do que uma batata, se for plantada e replantada no mesmo solo exausto durante uma sequência demasiado longa de gerações. Meus filhos nasceram em outros lugares, e até onde eu puder controlar seus destinos, irão fincar raízes em terra descansada.
(Nathaniel Hawthorne, “The Custom-House”)

Mudanças de terreno, de ares, dar descanso ao antigo, tudo isso faz muito bem – às batatas, às pessoas, às gerações, à literatura, enfim.

Wander - obrigado.

Foto cedida pela entrevistada.

17/09/2010

O casamento entre blogs e literatura (parte IV)

Falemos um pouco sobre a parte boa deste casamento, já que anteriormente debatemos sobre os picaretas. A internet tem se revelado uma ferramenta em potencial a nós que apreciamos a literatura, tanto no que diz respeito à leitura quanto à escrita. A gteração do download tem agora acesso a uma infinidade de obras grátis, algo impossível de se imaginar há pouco tempo atrás. Apesar de muitos ainda não terem a devida consciência do que isto significa, são notáveis os benefícios. No lado dos escritores, surge a possibilidade de publicação direta, seja num blog ou na forma de e-book, sem a necessidade de outrora, de ser aceito por uma editora. De uma maneira geral, a parte da divulgação ganhou uma ferramenta ímpar. Em contrapartida, nem todas as partes de concepção de um livro são beneficiadas, veja o exemplo da distribuição. Observe você, visitante deste blog, como os blogs de literatura têm feito uso da internet. Aguardo seus comentários sobre as vantagens, discordando de mim ou não.


16/09/2010

Goiana fervendo mais uma vez

13/09/2010

Sexo e violência, baby! (parte V)

Aqui vamos nós para mais da nossa discussão sobre sexo e violência dentro da arte, em especial da literatura. Ora, se falamos mais sobre a literatura, o que faz a Rei Ayanami (foto) aqui? Explico; ela está servindo de exemplo para um recurso "técnico" posto em discussão neste post: o fanservice.
Não condeno jamais o uso de cenas/ situações meramente atrativas aos olhos ou ao imaginário do apreciador de uma obra, sem qualquer contribuição estética para a mesma, ou seja, o fanservice em uma obra. É certo que esse conceito é comum do mundo dos animes, mas pode ser facilmente estendido a qualquer tipo de arte, cinema, literatura, etc. Provavelmente você já se deparou em alguma obra com alguma cena que "poderia ter sido cortada sem prejuízos", muitas vezes envolvendo sexo e/ ou violência exacerbada. É fato que este recurso atrairá mais pessoas para a obra, independente da qualidade do seu resultado. Nos parece então uma forma de auto-propaganda, e como tal, tolerável - desde que não deturpe o significado da obra em si. Desse exemplo de recurso muito usado caímos numa discussão também já feita aqui, sobre as relações entre arte e propaganda, sendo impossível não falar destas neste caso. Reitero, não condeno o fanservice, até porque a idéia do que é realmente fanservice numa obra depende de uma análise extremamente apurada, impossível muitas vezes de ser feita em meros segundos de observação. Cabe então o bom senso de quem aprecia a obra em ver se há o fanservice e se este não chega a descaracterizar a obra. Vale então, acredito, a máxima classicista tão vista no Ensino Médio: "nada em excesso".
Deixem, se possível, seus comentários sobre o fanservice.

09/09/2010

Evento em Caaporã


Cartaz que recebi do evento que vai rolar em Caaporã - PB. Confira as infromações.

08/09/2010

Vídeo-conto: "Uma vela para Dario", de Dalton Trevisan



Para os amantes da boa literatura deixo aqui um conto do Dalton Trevisan, Uma vela para Dario, narrado. Para quem já conhece talvez não tenha lá muita graça, mas serve para apresentar o texto para quem por aqui passar.

06/09/2010

Prog, Indie e Fusion: primos? (parte V)

Acredito que nas quatro postagens anteriores desta série você já tenha percebido que, apesar de estranha à primeira vista, a comparação entre Indie, Rock Progressivo e Fusion do partindo do experimentalismo de seus artistas é possível. Trago mais um exemplo agora.
Figurinha carimbada no playlist dos admiradores do rock progressivo, os franceses do Magma podem não ter obtido a projeção de Yes e Pink Floyd, mas conseguiu contruir (na verdade arté hoje constrói) algo ímpar, a partir da criação de uma estética avant-garde de muita qualidade que deu origem ao Zeuhl. Talvez o fato de sua pequena projeção se deva ao experimentalismo em excesso da banda, o que, seguindo minhas observações, os deixam pertinho de ícones fusion ou da cena indie. Sem dúvida, as sucessivas linhas de vozes inspiradas na música gospel, fundidas à língua criada pelo líder da banda, Christian Vander, o Kobaian, soam belíssimas, embora custo da perspicácia do ouvinte. Um dos principáis elementos de aproximação entre artista e ouvinte se dá pela letra. Sendo assim, um idioma criado originalmente funciona como um distanciamento proposital, o que talvez justifique o pequeno número de fãs da banda, em comparação com outros grandes nomes citados. O resultado de tudo isto é uma bela banda, que tem nesses excessos seu principal mérito e característica. Grande banda!


03/09/2010

Livro I; Cap XIII - O torneio se inicia

Todos rumaram para a Arena, mas nem todos se dispõem a participar. o bardo duvidava muito de suas habilidades, não se sentindo à vontade para participar, ainda mais ao saber o sistema de lutas: batalhas em trios, os dois trios combatendo ao mesmo tempo. Sendo assim, prefiriu olhar da platéia.
- É realmente perigoso para tods nós participarmos - disse Zephir. - É melhor escolhermos quem de nós forma um grupo forte e pronto.
- Aumentaremos as chances de ganhar se formarmos mais grupos.
- Legolas tem razão, além disso, não quero ficar fora dessa.
- Saruman, você é um feiticeiro! Vai entrar num torneio onde você pode enfrentar guerreiros muito poderosos!
O feiticeiro não queria saber, estava decidido a entrar no torneio. Zephir pensou bem e achou que a idéia de Legolas era boa, se formassem três grupos a chance de por a mão nos prêmios seria maior. Mas faltava convencer Kailan.
- Eu, não sei se consigo, gente! E... e se houver um confronto entre nós mesmos?
- Você só morre se for um mole!!! - bradou Hildegard. O anão por sua vez disse que ninguem precisava matar o outro, bastava uma luta justa e todos sairiam felizes. O bardo, ainda exitante, falou:
- Só que somos oito, para três grupos, precisaríamos de mais um.
- Chamamos qualquer um por aí, e se depois ele quiser encrenca pra dividir o prêmio matamos ele! - mais uma vez Hildegard lança suas idéias apocalípticas. Zephir concorda em arranjar um parceiro, mas ressalta que não havia necessidade de mortes.
Por fim todos se inscreveram. Passado um dia, logo pela manhã, foram para as batalhas, e primeira delas seria entre...

Continua...

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