A fila
Passa tempo
E horas.
Entre um a cem
Ou até mais de mil.
Estou na fila
Fazer o quê?
É Brasil.
Acima o leitor pode ver um exemplo da poesia simples, porém nem um pouco simplória de um dos integrantes do movimento de poesia que sacode a cidade de Goiana-PE. Sou meio suspéito para falar de muita gente, como é o caso agora, mas tento ser justo e com o mínimo de rasgação de seda. Sendo assim, apresento aos que ainda não conhecem este poeta goianense. Ademauro Coutinho é dono de versos interessantes, que constroem, em sua maioria, poemetos que divagam sobre nosso cotidiano. Talvez isso seja o que mais atrai em sua poesia (por outro lado isso pode causar uma certa insatisfação ao leitor que correr demais sem se ater à carga semântica das palavras envolvidas): a brevidade. como os poemas são curtos por excelência, eles parecem casar perfeitamente com o cotidiano de horas do rush, motobots, flashes, twitters e MC Donalds. E acredite, isso no caso o favorece. Logo, deixo vocês com mais um de seus poemas que rolam por aqui. Espero que apreciem.
Fração
Um sexto de absurdo
Dois sextos de loucura,
A vida é fracionária,
Múltipla, divisiva e obscura.
Fonte: http://silencio-interrompido.blogspot.com/search/label/Ademauro%20Coutinho
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