"Ascensão e queda": romance de estreia!

Saiba como adquirir seu exemplar.

Contos de Wander Shirukaya

Para aqueles que querem conferir o que tenho escrito, dêem uma olhada aqui!

Tergiverso

Sensualidade em forma e conteúdo aguardando sua visita.

O híbrido e a arte

Animes, cinema e literatura

Procurando entrevistas?

Amanda Reznor, André Ricardo aguiar, Betomenezes... Confira estes e tantos mais entrevistados por Wander.

28/11/2012

Novo livro à vista!



Pois bem, pessoal, cá estou eu para anunciar o lançamento de mais um livro de que faço parte, organizado pelo Prof. Dr. André de Sena (UFPE), trazendo uma série de artigos sobre literatura ffantástica.
 “Literatura fantástica e afins” (Ed. UFPE) será lançado no Miniauditório 01 do Centro de Artes e Comunicação (CAC/UFPE), no próximo dia 30 de novembro, às 16h30, dentro de um evento acadêmico organizado pelo NIG e Belvidera, núcleos de pesquisa do Depto. de Letras da referida Universidade. Todo(a)s convidado(a)s!

01/11/2012

Música pra escrever (parte IV - final)

Eis então a última parte da série falando sobre bons álbuns que costumo ouvir durante o processo de escrita:

Um dos álbuns duplos mais importantes da história da música, Mellon Collie and the infinite sadness (1995) é obra-prima dos Smashing Pumpkins. Acrise no mercado fonográfico já começava a dar as caras, mas nem por isso a banda se intimidou, trazendo dois discos que primam pela beleza e ousadia. ouça no talo "Fuck you (an ode to no one)", "Thru the eyes of the ruby "e os hinos "Bullet with butterfly wings" e "Tonight tonight".

Um pouquinho depois, o Radiohead também resolvera chutar o pau da barraca e compor um álbum complexo, delicado e que soa como boas vindas à tecnocracia. Ok computer (1997) dita tendências dentro da música até nossos dias e, sem dúvida alguma, é um disco primoroso. ouça os clássicos "Paranoid android", "No surprises" e "Karama police". Boa viagem.


Para encerrar, trago um grande disco de heavy metal que acredito que nãoi deva faltar à discoteca de ninguém. And justice for all (1988) é até hoje um álbum venerado pelos fãs do Metallica, tanto que alguns desses dizem que este fora seu último álbum, que depois dele a banda se rendeu ao mainstream, etc, etc. mimimis à parte, bata com tudo sua cabeça ao som de "Blackened", "Dyers eve" e do hino headbanger "one". \m/




Bom, é isso aí, poderia ficar aqui citando milhares de bons discos, mas o tempo urge e temos que seguir em frente. Espero que tenham apreciado a seleção. 

Confira a parte I, parte II e parte III.

23/10/2012

Música pra escrever (parte III)

Na última postagem priorizei algumas predileções mais obscuras, pouco conhecidas. Hoje vamos na direção oposta pegando coisas mais atreladas ao cenário pop mundial.

A conhecidíssima banda brasiliense deixou inúmeros hits de sua carreira. Poderia citar aqui várias das canções que encabeçam As quatro estações, seus álbum mais famoso, mas prefiro a beleza de "A montanha mágica" ou "Metal contra as nuvens", que podem ser encontradas em V (1991); Só de comentar deu vontade de ouvir.







Moby apareceu de vez para o mundo com Play (1999), trazendo um som bem diferente de seus primeiros discos. Ficou reconhecido pela mescla de blues e música eletrônica, que rendeu grandes clássicos como "Why does my heart feels so bad" (de clipe belo e triste) e a porrada "Bodyrock". Aperte o play e seja feliz. 






O britpop, por si só, já poderia muito bem encabeçar uma lista à parte aqui, visto a quantidade de artistas que admiro que são enquadrados neste grupo. Mas, para citar apenas um, fiquei com o disco delicado e emocionante This is my truth tell me yours (1998), dos Manic Street Preachers. Destaques para "You stole the sun of my heart", "Tsunami" e a belíssima "If you tolerate this, your children will be next". Confira o clipe dela também assim que puder pelo youtube. É isso aí.


continua...

confira também a parte I e a parte II.

10/10/2012

Música pra escrever (parte II)

Continuando minha lista de 12 discos interessantes que ouço como inspiração, deixo agora um grupo de três discos bastante obscuros, porém muito legais. Vamos a eles:

Zeuhl é um gêneros musicais mais abertos a novos elementos que existe (se é que podemos cogitar que isto também não valha aos demais gêneros). Com base nisso, não é de se estranhar que um de seus maiores nomes na atualidade, Koenji Hyakkei, demonstre alta desenvoltura e qualidade. Nivraym (2001) mistura ópera, rock progressivo, jazz/ fusion, punk rock e o que mais conseguir pelo caminho, em músicas caóticas, extensas e igualmente belas e divertidas. Ouça a faixa-título e "Lussessoggi Zomn", esta uma incrível viagem que dá uma ideia do que encontrar neste álbum.

Já na linha prog mais clássica, a Locanda delle fate possui um disco essencialmente melodioso, para cantar as linhas de teclado e guitarra enquanto lidamos com a vida afora. Forse le lucciole non si amano piu (1977) é de uma sensibilidade admirável do começo ao fim. Ouçam atentamente "A volte un instante di quiete" e viagem com seus minutos iniciais. "Sogno di estunno" também merece ser citada. 




A desvairada KatieJane Garside, antes de ser conhecida pelo Queen Adreena, foi parte de uma banda de rock alternativo do início dos anos 90, a Daisy Chainsaw. Mesmo nesta época, essa artista que me inspirou a criar a protagonista do meu romance inédito já demonstrava toda a virulência e beleza de sua performance. Mesmo que Eleventeen (1992) tenha sido ofuscado por outros grandes álbuns do grunge, aqui há a certeza de músicas muito legais. Destaques para "You be my friend" e para a clássica "Love your money". Divirtam-se!



Continua...


03/10/2012

Música pra escrever (parte I)

Com certeza alguém já deve ter chegado para você escritor e perguntado se você ouve alguma música em especial enquanto escreve. Alguns escritores preferem o silêncio, outros música de elevador, outros algo mais pesado. Sim, já me fizeram essa pergunta e, para respondê-la, resolvi criar essa pequena série falando sobre doze bons discos que ouço durante a escrita. Entretanto, ressalto que música não é exatamente o que me inspira; prefiro ler coisas não diretamente ligadas à escrita (filosofia, sociologia, psicollogia, etc.), fazendo com que novas situações apareçam e possam virar boas narrativas. Bom, vamos aos 3 primeiros discos:

O disco mais famoso do Tool, Lateralus (2001), é uma viagem que transgride tudo o que se espera de um disco de heavy metal. O álbum, cheio de citações à Thelema, é dificil, obscuro, mas absolutamente prazeroso de ouvir. Destaques para "The grudge", "Schism" e para a faixa-título, que possui densidade e complexidade pouco vistas nos dias de hoje.


 


Se existe alguém que possa representar com maestria a expressão "cantar com o coração", este é Jeff Buckley. Morreu cedo, mas deixou Grace (1994), álbum que transborda emoção, especialmente pela interpretação do cantor. Destaques para "Lilac wine" (que já recebeu de mim uma adaptção para narrativa curta), "Life eternal" e "Last goodbye".





Banda de influências bastante variadas, de Coltrane a King Crimson, The Mars volta possui álbuns excelentes. Embora a maior parte de seus fãs prefira De-Loused in the Comatorium (2003), disco de estréia, acredito que Amputechture (2006) é onde a banda consegue seu ápice. Um disco de longas faixas, repleto de melodias atípicas e incursões experimentais. Ouça a faixa-título, a balada "Asilos Magdalena" e "Tetragrammaton"; esta última uma viagem de 17 minutos com tudo que a banda tem de bom a oferecer. Discão.


Continua...

01/10/2012

Retomando as atividades



Mês de setembro, como passei por um período de indas e vindas, mal pude parar para bolar algo para o blog. Isso resultou nesse hiato de um mês sem postagens, mas retorno agora. Darei andamento a algumas séries que andam estancadas por aqui e trarei coisas novas para discussão. Durante essas "férias", estive na Fantasticon, em São Paulo, em Goiana para evento na FFPG e outras viagens menores. Também teve lançamento do Goiana revisitada, coletânea de poesia de que faço parte, do site do Silêncio Interrompido, onde estreei como colunista,  ainda vem mais coisa por aí. Vamo que vamo.

24/08/2012

Lançamento de "Goiana Revisitada" dia 15/09 em Goiana!



Pessoal, é com prazer que venho aqui anunciar para vocês que o livro Goiana revisitada, que reune material produzido pela turma do movimento Silêncio Interrompido (Goiana-PE), finalmente está pronto para seu lançamento. Como não podia deixar de ser, a debut da coletânea será em sua cidade natal, mas logo dve ganhar apresentações pela vizinhança. Também estou com alguns poemas meus nesta coletânea, com muita alegria. Quem puder aparecer não se arrependerá.

Local: Cineteatro Polytheama
Rua Direita, Centro, Goiana-Pe
data: 15 de setembro de 2012, 19h
Lançamento do Livro: Goiana Revisitada e do Site do Movimento Silêncio Interrompido

Recital de poesia e discotecagem
Incentivo:Funcultura, Fundarpe, Sec. de Cultura e Gov. do Estado de Pe.
 

15/08/2012

Livro II; Cap. VII: Impasse

Eis que, finalmente, os aventureiros adentraram a imensa catedral e ficaram frente a frente com Haruma, a deusa do tempo. Encontrava-se ela de pé, de modo solene, exatamente sobre uma espécie de tampa que estava marcada de símbolos sagrados por toda sua extensão. Todos se aproxima, mas ninguém tem coragem de pisar naquela áera. Zephir, o líder do grupo, abre um diálogo:
- Perdão, vossa santidade. Estamos aqui...
- Sei porque estão aqui. Quereis o segredo de Parn. Ele é este portal que protejo. 
A deusa deu alguns passos para trás, deixando que o portal emitise pequenas luzes vindas dos desenhos no chão. Respirou fundo e continuou:
- Este portal abre caminho para um dos tantos infernos que existem nas dimensões paralelas a nosso mundo. Por isso está guardado e nseu segredo é ocultado de todos. Tendo chegado aqté este local, abidicais de suas vidas e passais an viver pelo segredo. Destarte, posso apenas vos dar duas opções, mas não posso vos permitir a volta. 
O nbárbaro olhou feio para a deusa:
- Quer dizer então que a senhora não vai deixar a gente voltar? Então o que tem prá gente decidir?
- Optem por adentrar este portal e connhecer o mundo maldito que cá se encontra, onde a chance de morte ou de serdes corrompidos é muito grande, ou...
- O que vai acontecer se descermos?
- O mundo vos impulsionará à degradação, vos tranformará em serem mundanos.
Todos torcem o nariz, nenhum queria se comportar como um demônio. 
- Por outro lado, se nós ficarmos...
- Bardo, se vós ficardes, ficareis para sempre preso à esta vila, para que novos curiosos não invadam este local.Percebei que não era necessário vossa vinda aqui. O futuro mostra que hei de proteger o segredo. 
Todos se olham. Maldito impasse. O anão é o primeiro a responder e decidir o que fazer...

continua...

09/08/2012

Papo de Sábado de Agosto com Wander Shirukaya

Pessoal, neste sábado, dia 11, às 10:00h, tem mais uma edição do projeto Papo de Sabado, lá na Livraria do Luiz, João Pessoa. Desta vez o escritor convidado ao bate-papo é este que vos fala! A quem for de interesse e estiver livre no horário passe por lá e mande ver nas perguntas. Aguardo vocês.

O que é o Papo de Sábado?

Desenvolvio pelo CAIXA BAIXA, com a colaboração da Livraria do Luiz, uma das mais antigas de João Pessoa,  o Projeto Papo de Sábado convida, sempre no segundo sábado do mês, um escritor para um bate-papo, onde os presentes podem conhecer melhor a figura do autor, tirar dúvidas curiosidades e afins. No mês de agosto teremos a 3ª edição. As edições anteriores contaram com os escritores Betomenezes e Janailson Macêdo Luiz, respectivamente.
Aguardamos a sua presença.

30/07/2012

Desencapetando o riso (parte V)



O mafaldismo contemporâneo


Não me entendam mal.Esta série não está aqui para falar mal da queridíssima (sem ironia) Mafalda. Mas ela serve de mote para debatermos um poquinho mais sobre o riso e a comédia nas artes. Como já vimos comentando, rir era bom, mas com a dominação religiosa, rir tornou-se feio, demoníaco. É fato que após a Idade Média o mundo tem se aberto à diversidade de credos, mas o conservadorismo que se pregava parece não ter desaparecido. Ora, a questão aqui não é uma pregação política, não quero que você que acompanha essa série saia da direita para esquerda ou vice-versa. Apenas que repare como o maniqueismo e os extremismos parecem encobrir o bom senso quanto ao humor. 
Rimos e, como já discutimos anteriormente, esse riso não será sempre "certinho". O problema parece ser a carga de culpa que o conservadorismo vigente ainda nos impõe, fazendo crer que, caso eu ria de uma piada que não siga os padrões da ética, vá para o inferno ou - como é mais comum nos dias de hoje - vá à júri popular. Aí é que surge o perfil da piada perfeita; e assim é que Mafalda vem sendo canonizada nas redes sociais como exemplo humor inteligente. Uma criança que fala como um adulto idealista é a figura perfeita para confortar o cidadão que sofre com o jornalismo policial, que pega dois trens mais um ônibus para trabalhar e volta morto de cansado pensando em relaxar com algo que não lhe ofenda mais. Particularmente gosto muito da Mafalda e concordo que devamos sempre descansar depois do sofrer do caos cotidiano, mas isso não deveria polarizar a visão que se tem do humor. Muitas piadas não seguem o nosso padrão masculoeterobrancoclassemédia e nem por isso podem ser vistas como ofensivas. Até porque, sendo a piada também uma expressão artística, ela pode muito bem fazer uso do humor negro (ou politicamente incorreto) tanto para satirizar como para denunciar a condição em que vive a vítima daquela piada. Assim, não raro, negros fazem piadas racistas, gays fazem piadas homofóbicas e assim por diante, sem que possam ser vistos como racistas, homofóbicos e assim por diante. Uma piada é uma figura, uma ferramenta, uma arma; como se faz uso dessa piada já são outros quinhentos. O riso é livre, não deve ser demonizado, deve estar sempre na cara do demônio, da Mafalda ou de quem mais aparecer neste mundo. 

Continua...

Leia também a parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4.

17/07/2012

Primeiros passos do rap nos anos 10 (parte II)

Sua antiga banda, o Planet Hemp, já se mostrava como um projeto que queria vôos mais altos do que os apresentados na mistura pesada de rap e rock somada ao discurso pró-legalização da maconha em Usuário (1994). Assim, B Negão montou seu projeto com os Seletores de Frequência, enquanto Marcelo D2 (foto) resolveu seguir carreira solo. Nesta, o músico buscou fundir sons de rap e hip hop a bases de sambas antigos, o que fez com que as pessoas começassem a lhe perceber além do que já se via no Planet Hemp. Mas foi apenas quando A procura da batida perfeita chegou às lojas que a reviravolta começou. O disco cumpriu com maestria a proposta de mistura de gêneros e gerações que já vinha sendo montada, graça, inegávelmente, ao amparo de uma superprodução assinada pela Sony Music (em tempos de desprezo às gravadoras, tal sucesso poderia nos fazer pensar até onde este desprezo é necessário, não?). O resultado fez com que Marcelo D2 fosse de maconheiro sem futuro a ícone pop. Musicalmente falando, isso talvez se deva, além da produção já comentada,a essa uniao de ritmos que, conforme falava-se, tinham raízes muito parecidas. A proposta abriu margem para uma sofisticação do até então rústico rap que se fazia no país, levando o ritmo a outros patamares além do underground. Acredito quea saudação aos mestres ajudou muito e aproximou todos desse tipo de música. D2, como diria Chico Science, modernizava o passado, abrindo as portas para que novos rumos fossem tomados num gêneroa aida muito restrito, mesmo com sua popularização via Racionais MCs. 

Continua...



11/07/2012

Sobre "A escuna voadora"

Pois bem, aos que acompanham este blog sabem que pouco me atrevo a escrever em alguns segmentos, não tanto por não gostar, mas por achar que ao me saio tão bem nestes quanto em outros estilos ou temáticas. O steampunk é um destes gêneros em que não me sinto tão à vontade, mas é fato que, graças a grandes discussões sobre o gênero que tenho tido com outros autores, inclusive Félix Maranganha, que parece estar criando o caatingopunk, espécie de steampunk nordestino (falando de modo bem superficial), tenho me interessando mais por ele. Tanto que disto saiu o resultado: o primeiro conto caatingopunk que escrevi na vida. A escuna voadora traz a vida de uma família humilde da João Pessoa do século XIX que tem a chance de conseguir prestígio e dinheiro, graças à inventividade do  dono da casa. Entretanto, a mulher lhe apurrinha durante este processo, o que faz com sua criação, uma escuna voadora movida a vapor, tenha um gosto não mtão palatável. 
Dentro em breve mais notícias. 


02/07/2012

Sobre "A queda da primeira-dama"

Interessante como sempre me soa legal ter a vida a dois como ponto de partida para muitos dos meus contos. Esse não foge à regra, sendo também mais um da leva fantástica que vem por aí. A queda da primeira-dama traz um prefeito, homem velho, que está sendo investigado por corrupção. Ele teme à falência, a condenação em juízo. Não se sente mais à vontade da esposa muito mais nova que ele, quer que ela suma. A mulher, por incrível que pareça, não quer abandoná-lo, prefere virar pó junto ao seu amor. Enfim, mais um dos textos dos projetos vindouros terminado. Vamos em frente, atrás vem gente!.


26/06/2012

Livro II; Cap. VI: Haruma

Sim, a dama que viam pela janela da catedral era Haruma, a deusa do tempo. Olhava sempre em direção à porta central, não piscava sequer um olho; os cabelos esverdeados batiam ao pescoço, eram adornados por jóias do mais fino ouro. Os ornamentos estavam também nos punhos, tornozelos e no cinto, cingindo as vestes esbranquiçadas. Na mão direita, um báculo cravejado de pedras mágicas que cintilavam, sugerindo que ainda funcionasse mesmo diante da maldição da vila. Aquela moça detinha poderes inimagináveis com relação ao tempo. Pelo que os avetureiros sabiam, poderia ela ditar-lhe variáveis e probabilidades de suas atitudes, não lhe revelando um futuro concreto. Não se sabe se ela mesma não sabia do verdadeiro futuro ou se abstinha de previsões precisas para não interferir no curso natural das coisas; há quem diga que ela já contou a um sacedorte coisas que realmente aconteceram, mas outros duvidam, dizendo ter sido mera coincidência, uma vez que a sorte está lançada para todos. Enfim, Haruma era uma deusa e, como tal, é mistoriosa, enigmática e também contestada por uns enquanto amada pelos demais. Que aquela figura reservava ao aventureiros?

17/06/2012

Primeiros passos do rap nos anos 10



Pensava eu cá com  meus botões sobre a música desse início de década, especialmente a brasileira, e percebi a grande força que tem tido o rap e o hip-hop. Resolvi então traçar algumas linhas meramente impressionistas sobre essa proeminência. Vejamos.
Tudo bem, o rap já tinha bastante força e expressão há algum tempo atrás, mesmo antes do boom dos Racionais MCs, quando chegaram a vencer o prêmio mais importante do VMB da MTV com o clipe de "Diário de um detento". Entretanto, parecia ainda haver certa relutância de ouvintes mais tradicionais (para não dizer puritanos) ao gênero. Lembro-me de muitas vezes ouvir coisas do tipo "rap só tem letra, não é música" ou ainda "rap é coisa de maloqueiro, só fala sobre o negro e a violência da favela". Preconceitos destas falas à parte, observemos que os rappers da virada de milênio realmente não podiam ser vistos como excelentes cantores; alguns nem como cantores, fato que fazia com que a batida repetitiva característica se demonstrasse insuficiente para paladares ditos mais abertos. Por outro lado, o eixo temático erguido nas letras dos principais nomes do gênero abriu portas para uma relação mais ampla entre a arte e seus aspectos sociológicos. Percebamos que não raro rappers trabalham em parcerias com ONGs e fazem ações beneficentes ou de conscientizção das pessoas acerca dos problemas de nossa contemporaneidade, o que de certa forma engrandecia e legitimava seus artistas, convidando os ouvintes tanto a apreciar quanto a mobilizar-se em favor do discurso do rap. Música e atitude se casavam, mas ainda parecia que algo faltava, parecendo ter sido encontrado com Em busca da batida perfeita, de Marcelo D2, fato que comentarmos na parte 2 deste ensaio. Até lá.



15/06/2012

"Papo de sábado" começa amanhã!

Mais um espaço para debates e encontros literários foi criado na cidade. Trata-se do Papo de sábado. O evento ocorre uma vez por mês na livraria do Luiz, no centro da capital. Para o próximo dia 16, Roberto Menezes da Silva é o convidado. Em julho, será a vez de Janailson Macêdo Luiz.
Para não esquecer: sábado, dia 16 de junho, às 10h, livraria do Luiz, centro de João Pessoa. Todo mundo convidado!
 
Foto: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQABqDAncqUiy25Q9zfzX9ullw17P5VowP-AlW2D3cFDUFHWTY66ycwpjeGvcRwRz_QU_MQ5zqpx7QFVVHRq8KS2ZPqnfP3apMj7Qe2WMYG_A_-ONUWT_x3zbJzbp3aRea3xJBNDMK5l0/s1600/betomenezes_cartum.jpg

12/06/2012

Sobre Yoko

Saudações, pessoal! Estive ausente por uns tempos por causa das obrigações da vida real, mas vamos lá. Depois de pasar um tempo sem dedicação à ecrita literária, eis que um conto novo surge. O conto "Yoko" traz como eixo um dos grandes clichês temáticos do fantástico: a mulher-demônio. Diversas culturas possuem figuras que se relacionam a esse tema (o fato de sempre se relacionar a mulher ao diabo não vem ao caso agora); e para o meu texto me amparei a algumas falas sobre a kitsune, que segundo a mitologia japonesa, também podia metamorfosear-se numa humana para conquistar suas metas. No texto, trouxe a história de um rapaz que, durante seu intercâmbio profissional no Japão, acaba conhecendo aquela que serias o amor de sua vida. im, Yoko seria, se não fosse pelo comportamento estranho da moça. Enfim, breve tem mais notícias! 


31/05/2012

Desencapetando o riso (parte V)

Não gosto de comédia, pois é um gênero inferior, não requer técnica nem estudo


Sim já ouvi coisas como essas um sem número de vezes. Aristóteles proferiu que o trágico é belo, ou seja, que a beleza estética muito em a ver com a retratação de temas sérios, muitas vezes perpassando ao drama. Ok, o trágico é realmente belo, não há como não se emocionar lendo as mais clássicas tragédias gregas ou mesmo os dramas mais famosos do cinema. Não raro até simpatizamos mais com aqueles artistas que possuem/ possuíram vidas tão sofridas quanto às retratadas em suas obras. Entretanto, rir é algo inerente ao ser humano. Rimos desde antes de falar. Mesmo assim, somo sempre ensinados a guardar nosso riso no âmago mais profundo do nosso subconsciente. E dessas reservas acabamos dando origem a um legado que existe até nossos dias: o do "rir é feio". Dentre as principais justificativas dessa corrente, destacamos agora a que dá subtítulo a esse post. Há a ideia de que fazer rir não requer esforço, técnica, tratamento estético, estudo, etc.Vejamos alguns exemplos.


Charlie Chaplin foi um dos grandes, um ator, excepcional, um humanista e... um comediante de mão cheia! Acima um  trecho de O grande ditador, mostrando que mesmo a guerra pode ser motivo de riso e que o humor também requer grandes doses de talento e técnica. 


Já resenhada aqui, a Pola Oloixarac ganhou destaque pelo tom satírico de seu primeiro livro que satiriza na mesma proporção com que convida ao debate a sociedade argentina sobre a juventude perdida entre as brigas políticas, discussões acadêmicas extremas e a superexposição à informação proporcionada pela internet. É comum ver diálogos de algumas páginas (sim, páginas!) para expressar ideias mínimas, exemplificando o discurso hipster-pseudointelectual da juventude vigente. Vale a lida.


Por fim, ouçamos o koenjihyakkei, que também já passou neste humilde blog. A banda japonesa dá tons de punk rock da forma mais lúdica possível ao seu som, que é extremamente trabalhado, basta que reparemos na qualidade técnica empregada pelos músicos - fato que já é uma das características do Zeuhl. Enfim, aquele que ouvir terá a impressão de que os músicos estão realmente brincando com suas músicas; o resultado é uma viagem frenética, uma bagunça muito bem feita e divertida, especialmente em seus minutos finais. 
Mais exemplo? Que tal se você, querido leitor, puxar algum para o debate? A seção de comentários está a sua espera!


Confira também as partes I, IIIII e IV.


23/05/2012

Futuro do passado


Há quem diga que modernizar o passado é uma revolução musical. Tal afirmativa parece contraditória, mas se vocês, meus amigos, pararem um pouquinho para observar (ou para ouvir, já que estamos falando hoje de música), perceberão que fazemos isso o tempo inteiro. O artista é refém do qaue já passou e dialoga intertextualmente (e muitas vezes inconscientemente) com toda a produção estética que lhe precedera. Parece bobagem discutirmos algo tão óbvio, mas vira e mexe aparece  alguém que acredita que o futuro é autônomo e que ainda há algo que não tenha sido criado. Sendo assim, discutamos, a partir dessa postagem introdutória, a importância da originalidade. Para tanto, puxei como primeiro exemplo uma banda que é tida por muito como original: os Smashing Pumpkins. É realmente surpreendente que os álbuns da banda não se pareçam entre si, o que em muitos momentos fez com que a crítica especializada a acusasse de "atirar para todos os lados". Por outro lado, discos como adore já mostram uma beleza incrível, partindo
 da união entre futuro e passado, ou seja, de instrumentos de tecnologia de ponta, geralmente de timbres eletrônicos e pasasgens acústicas. Evidentemente você também perceberá essa premissa em vários artistas, Wilco, Radiohead, etc. Essas bandas estão sempre nas citações de quem fala sobre o futuro, sobre as novas tendências, pois fazem algo que ninguém costuma fazer. De fato, essa vertente futuro-retrô é bem mais consistente do que a onda de bandas que teve destaque nos anos 00, que se resumiram a pastiches dos Stones/ The Who/ Led Zeppelin nos estados unidos e do post-punk dos 80 na Inglaterra. Entretanto, isso faz dela uma obra que se possa dizer original? Eis a questão, vejamos o futuro casando-se com o passado através da arte e discutamos.


17/05/2012

Revista Blecaute nº11



Pessoal, saiu esta semana a edção nº 11 da revista do Núcleo Literário Blecaute, de Campina Grande - PB. Composto por Janailson Macêdo, João Matias Neto, Bruno Gaudêncio e Flaw Mendes. Tem conto inédito meu nesta edição, Em memória de Angelina dos Santos, o qual você pode conferir alguns comentários que fiz por aqui. Também estão por lá os escritores Miguel Sanches Neto, Joedson Adriano, o cartunista Raoni Xavier e muita gente boa. 

Deu vontade de ler? Eis o link para ler e baixar aqui no fim da postagem. Visite tembém o Site da Blecaute para mais informações. Boa leitura!





15/05/2012

José Inácio Vieira de Melo e sua poesia

Povo, tenho estado bastante atarantado com obrigações extras por aqui, fora uma baita dor de dente, mas isso não é motivo para deixá-los órfãos de postagens. Sendo assim, curtam o vídeo do poeta e amigo José Inácio Vieira de Melo recitando seu poema "Gênese". Nas palavras do próprio: "GÊNESE, poema de José Inácio Vieira de Melo (JIVM), recitado por Danilo Spínola, Flávia Ribeiro e José Inácio, que erra o último verso do seu poema. Esta gravação foi feita por Haroldo Abrantes, grande fotógrafo, no dia 11 de maio de 2012, na cidade de Maracás, após o projeto Uma Prosa Sobre Versos com os poetas Martha Galrão e Raimundo Gadelha"


08/05/2012

Livro II; Cap. V: O enigma da catedral

Junto à enorme porta de entrada do templo, o grupo percebeu que havia um grande enigma a ser resolvido.
- Há espaço para quatro chaves diferentes na porta.
- Para que porta se podemos usar as janelas, Zephir? - indagou o feiticeiro Saruman.
- As janelas devem estar protegidas por algo, mago.
Saruman concentrou-se, tentando conjurar uma magia que lhe permitisse perceber focos mágicos nos arredores, mas não teve sucesso. Havia esquecido que toda área estava impossibilitando o uso de magia. Milo, enquanto isso, quase morre devido a uma armadilha numa das janelas da esquerda, se não fosse por seus reflexos hábeis. Como Gimli parece não ser tão veloz, acabou sendo atingido por uma explosão na janela da direita. Ainda ferido, ergueu-se e viu que nada afetara a vidraça. Os demais chegaram perto, limparam a poeira da janela e conseguiram ter uma vaga idéia do que havia lá dentro. Uma moça muito bela e alta estava no centro do salão, portando um báculo. Sequer parecia respirar, imóvel. Mirava os olhos para a frente (na direção da porta), só após uns longos minutos parecia piscar os olhos, mas nenhum movimento além. As vestimentas ressaltavam o ar de divindade, foi então que Zephir e os demais pararam para analisar, chegando a uma conclusão:
- Haruma é aquela que está lá dentro...

30/04/2012

Escritora Janaína Rico (DF) lança livro em Jampa

Olha aí, pessoal:
 
A Livraria Leitura e a Editora Underworld convidam para o lançamento e noite de autógrafos do livro "Ser Clara" da autora Janaina Rico.

Dia 04/05 às 19:30h na Livraria Leitura do Manaíra Shopping - João Pessoa


O livro traz a história de Clara, uma jovem brasiliense, de
27 anos, que está envolvida com os preparativos do casamento de sua melhor amiga. Durante a festa conhece um médico rico e famoso. Porém, acaba se envolvendo com um colega de adolescência. Mal sabe ela os obstáculos que viverá pela frente até que consiga decidir o que quer da vida.

25/04/2012

Livro II; Cap. IV: Parn, a cidade sem magia

Eis que todos empunharam suas armas e, livres do perigo do dragão-fantasma, seguiram pela imensa alameda que srvia de entrada paera a Vila Parn. Já lhes chamou muito a atenção uma coisa:
- Não tem ninguém por aqui!
Milo vai sorrateiramente um pouco à frente do grupo, na sua função de batedor, e se impressiona pela desolação da paisagem. O vento soprava quase sem força, a neblina também era rala, nem de longe lembrava o denso lençol que se firmava por toda a ponte. A arquitetura antiga estava toda comprometida, exibindo os anos a que a vila se submeteve a esse pesar. Eis que, no chão, Milo percebe uma tonalidade diferente daquele verde esmaecido a que estavam se habituando: manchas, muitas manchas entre um roxo e um marrom gasto, misrturado entre a areia e uma quantidade enorme de pedrinhas brancas. Dankill se aproxima e analisa o solo. Facilmente iodentifica as pedrinhas.
- Parece que as últimas pessoas que estiveram aqui salgaram todo o chão. 
Legolas e os demais logo perceberam que então aquele era o motivo de não haver nenhuma planta nos arredores. nada crescia, o sal parecia sacramentar algum ritual ou massacre - ou até os dois. Quanto às manchas, Dankill foi categórico: sangue coagulado. 
Entre o medo e a curiosidade, todo o grupo andou poucos metros até se deparar com a maior construção da vila: um templo. Pelos símbolos  religiosos às portas e janelas, Zephir logo deduziu:
- Haruma...

20/04/2012

Como foi o Sarau do Café em Verso e Prosa



Grandes amigos leitores deste blog, cá estou eu pára um pequeno parecer sobre como foi o Sarau do Café em Verso e Prosa da última terça, em homenagem ao Núcleo Literário CAIXA BAIXA
Primeiramente: saiumatéria sobre o sarau em vários jornais de João Pessoa, mas um deles disse que o homenageado por Suzy Lopes e cia. seria o "Poeta Caixa Baixa". Achamos o ocorrido muito engraçado, visto que CAIXA BAIXA não é um poeta, e sim um grupo de contistas, ficcionistas, ensaístas, historiadores, cineastas, juristas, críiticos literários, jornalistas, bebuns e... poetas. Claro que não é necesario citar isso tudo numa nota de jornal, mas um poquinho de informação nunca fez mal a ninguém, não é verdade?
De mais a mais, começando por volta das nove da n oite, boa parte desse grupo se fez presente para receber os louros de homenageado. Lá estávamos este que vos fala, Thiago Lia Fook, Bruno Gaudêncio, Gustavo Limeira, Letícia Palmeira, Cyelle Carmem, Joedson adriano, Romarta Ferreira e Laudelino Menezes. Nomes da litPB também estavam por lá, como Lau Siqueira e Ed Porto. Todos com suas cervejinhas e com biquinho calado para assistir às performances da atriz Suzy Lopes, declamando poemas e trechos de prosas dos caixabaixenses. Destaque para a declamção inspirada de "Agora é tudo azul", da pequena Romarta Ferreira - e à luz de velas, diga-se de passagem. Tudo isso contou com um esquema inusitado. Por todo o bar, o Empório Café, várias caixas confeccionadas com fotos e poemas aguardavam leitura. A maior das caixas serviu de dado, girada à exaustão por Suzy para sortear aquele autor que seria declamado. Após isso, o microfone foi aberto e lá soltamos o verbo, como sempre, junto a todos os amigos e convidados que lá estavam. Já em vias de conclusão, todos riram e aplaudiram muito os vídeos do CAIXA BAIXA, destacando sempre o já sucesso "Teu nome", poema de Thiago Lia Fook graciosamente interpretado por Betomenezes (vídeo que você confere ao fim desta postagem). 
Enfim, terminou um sarau muito divertido e que, com certeza, deixou as bochechinhas de cada um de nós vermelhas de lisonja e certos de que, quem sabe um dia, cheguemos a ser caixa alta. Até lá, vamos nos divertindo e sorrindo pra esse povo que conhece e gosta da nossa lira ferina. Nosso nome não é suave. É isso aí.



Fotos: (1) Da esquerda pra direita: Letícia Palmeira, Gustavo Limeira, eu, Bruno Gaudêncio, Suzy Lopes, Thiago Lia Fook, Romarta Ferreira e Cyelle Carmem, sob as lentes de Bruno Vinelli; (2) Suzy lendo o conto de Romarta à luz de velas.

16/04/2012

CAIXA BAIXA no Sarau do Café em Verso e prosa amanhã!



o projeto “café em verso e prosa” organizado pela atriz suzy lopes que já faz parte do calendário cultural da capital paraibana comemora nesta terça-feira dia 17, sete anos, e oferece aos seus frequentadores um bolo de poetas e escritores, trata-se do “caixa baixa” – núcleo literário formados por vários escritores paraibanos ou radicados na paraíba, que visa criar um espaço privilegiado de trocas, de experimentação de escrita e movimentar ainda mais a literatura de nosso estado.
o sarau acontece há sete anos mensalmente e tem sempre um homenageado ou uma temática que cria uma linha vertente para a noite em uma performance de abertura da atriz suzy lopes e seus convidados. realizada essa primeira parte, o palco e o microfone são entregues ao público que pode recitar poesias de seus poetas preferidos ou de autoria própria, o que quase sempre acontece.
esta edição será mais que especial, começando pela comemoração dos sete anos do evento, o que mostra que é um evento que merece mesmo ser comemorado, pois sete anos já é um tempo considerável e muita coisa já aconteceu em seu palco poético, cada edição é uma celebração da poesia em sua forma mais importante de ser, na boca de quem lê e sente a emoção que as palavras trazem.
é comum no café em verso e prosa ser estendido um varal com poesias no tema, porém terça-feira será diferente, desta vez o varal será em forma de caixa para fazer uma brincadeira com o nome do grupo que é tema da noite, estão sendo confeccionadas por diacisa lopes, 20 caixas com imagens, poemas e trechos de prosa do grupo homenageado nesta noite, e estas caixas ficarão espalhadas pelas mesas do empório café, o que é muito legal, pois desta forma, tanto as pessoas podem levar estas caixas como um presente da noite, como pode escolher em sua mesa o poema que quer ler da caixa.
o caixa baixa foi formado em janeiro de 2011, seus integrantes alimentam um blog na internet que pode ser visitado pelo link http://caixabaixa.org, escrevem em revistas e jornais além de seus próprios blog’s. muitos poetas e escritores passaram pelo caixa baixa desde sua criação, atualmente a caixa contém: betomenezes, bruno gaudêncio, bruno r. r. santos, cyelle carmem, gustavo limeira, jairo cézar, joão matias, joedson adriano, laudelino menezes, letícia palmeira, mirtes waleska, romarta ferreira, thiago lia fook braga e wander shirukaya. entre eles há comunistas, direitistas, esquerdistas, poetas, contistas, ateus, evangélicos, agnósticos, espíritas, católicos, budistas. é um bando de jovens com fome de escrita, experimentam e se arriscam escrever de tudo, de contos de fantasia a poemas parnasianos, de críticas pós-modernas a teatro armorial, de filosofia oriental a física quântica. embora todos sejam muito jovens, o grupo no modo geral tem se destacado dentro e fora do estado, alguns já foram publicados, como bruno gaudêncio, betomenezes, bruno santos, cyelle carmem, jairo cézar, joedson adriano, letícia palmeira, wander shurakaya e outros premiados como gustavo limeira, betomenezes e bruno gaudêncio. estes jovens escrevem com seriedade. optam por encarnar um erro tipográfico, a letra miúda dos contratos, a redação ilegível do vestibular. são o caixa baixa e se dizem banais, e se assim não fossem, seriam caixa alta.

Suzy Lopes.

Texto retirado do blog do CAIXA BAIXA

14/04/2012

Desencapetando o riso (parte IV)


Ah, que saudade daquele humor inocente...

Bem, amigos, cá estou para analisarmos um pouquinho mais o que há de certo/errado com o humor, com a comédia, com o riso no mundo das artes. O subtítulo que evocamos aqui hoje é para comentarmos um discurso que tem sido muito famoso nos dias de hoje, visto que estamos seguindo uma tendência um tanto rigorosa para que não sejamos "ofensivos" com aqueles que não nos são iguais. As implicações desse discurso são simples: humor tende a ser rechaçado, pois caçoar dos outros não tem (ou não deveria ter) graça nenhuma. Entretanto, se repararmos direitinho, o chiste se mistura a generalizações e estereótipos desde muito tempo (peço desculpas por não ter dados que nos mostrem desde quando isso acontece). Na piada  acima vemos que há menção a deficientes, fato que pode ser ofensivo. A meu ver, temos de destacar uma expressão aqui: pode ser, não é, necessariamente. Já foi dito uma vez que rimos desse tipo de piada por causa de certo "alívio" que ela nos causa, do tipo "puxa, ainda bem que não foi comigo", de modo semelhante a quando rimos de alguém que tropeça no meio da rua (você riu da mulher de laranja?). Isso necessariamente não implica em repúdio ao alvo da piada, o que acontece desde sempre. Não há, acredito eu, motivos para se sentir saudade daquele tempo do humor "menos apelativo". Não é de hoje, por exemplo, que brincamos com os portugueses, assim como eles brincam conosco, brasileiros. 
Um bom exemplo desse discurso e que já vi em várias redes sociais é gente dizendo que "bom mesmo era na época do Chaves, pois não tinha dessas coisas". Talvez a coisa seja aí mais para "naquele tempo eu não percebia que tinha dessas coisas".
Bullying (todos os personagens são sacaneados; Kiko por ser "burro", Chiquinha por ser baixinha, Chaves por ser pobre, D. Clotilde por ser velha e assim por diante), violência contra a criança (Chaves apanha direto), incitação à inadimplência (Seu Madruga não paga o aluguel, Jaiminho mal entrega as cartas por mera preguiça), são muitas as "acusações" que, se quiséssemos, poderíamos utilizar para dizermos que não gostamos do seriado, mas, no entanto, ele é o ganha-pão do SBT há décadas, repetindo a mesma fórmula. Resumindo: parece que as nossas convicções morais estão confundindo um pouco as coisas. Um humorista que faz piadas com negros, por exemplo, nem sempre será um daqueles racistas que lhe negam um emprego por causa da sua cor; um que faça piada sobre deficientes nem sempre será aquele homem que estaciona na vaga dos cadeirantes ou que finge que está dormindo para não lhe dar lugar no ônibus. Assim, como tudo nessa vida, parece que nossa principal deficiência tem sido a falta de bom senso. Reflitamos. 



 Confira também a parte 1 , a parte 2 e a parte 3.


09/04/2012

Livro II; Cap. III: A ponte dos desejos

Ao perceber que Legolas havia se tornado uma flor, Zephir somou dois e dois:
- Esperem! Vejam que essa ponte tem um encantamento. Tudo que desejamos aqui se torna realidade!
- Pedirei então o melhor machado, quero o mais poderoso que puder portar!
As palavras de Gimli foram prontamente atendidas, entretanto, sem muito sucesso. Em meio aos ataques do dragão-fantasma, sacou o novo machado, brandiu-o contra o inimigo e não viu efeito algum.
- Zephir, acho que você está errado!
- Não amigo. Como viria um machado para suas mãos se essa não fosse uma ponte dos desejos?  Veja: Quero que Legolas deixe de ser uma flor e volte a ser humano!
Imediatamente a flor explodiu-se em pétalas, de onde surgiu o valoroso guerreiro das florestas, são e salvo.
Todos riram do companheiro, mas por ouco tempo, pois o dragão não cessava em suas investidas, chegando a ferir gravemente Milo. Que fariam então para fugir?
- Vamos! Corram todos! Nossas armas não funcionam contra essa critura!
E então Zephir desejou chegar logo ao outro lado da ponte, desaparecendo das vistas dos amigos. Mais prático, dankill pediu que o dragão-fantasma desaparecesse dali também. A forte neblina ainda encobria o caminho, agora tranquilo. Resolveram fazer um pedido conjunto, para que todos chegasse ao fim da ponte, mas não antes de passar algmas horas correndo como se a ponte não tivesse fim. Desejo realizado, a neblina deixou que os heróis entrevissem a tão falada vila:
- Parn... Finalmente!

03/04/2012

Desencapetando o riso (parte III)

É sempre bom respeitar os mais velhos?


Vamos nessa para mais uma postagem da série sobre riso, humor e comédia nas artes. Hoje mostraremos algumas palavras sobre a comum idéia de que existem coisas que são intocáveis e que jamais devem ser satirizadas/ parodiadas/ canonizadas. Já falamos na postagem anterior um pouco sobre isso, mostrando que algumas mudanças históricas por que passamos criou uma "demonização" do riso em si. Essa demonização se propaga até hoje, criando um repúdio enorme ao humor. A questão mais específica aqui é: um cânone é intocável?
Nos útlimos tempos a grande autora inglesa Jane Austen tem "sofrido" maus bocados nas linhas de novos escritores que dispuseram-se a parodiar suas obras. Os mashups têm se tornado muito famosos, mas comumente têm sido rechaçados pelas nobres academias de letras e por muitos intelectuais que vinculam essas obras à subliteratura. Estaria eu dizendo que estas novas obras são novos cânones? Evidente que não; basta observar direitinho que, por comporem uma linha de aceitação mais direta (e rentável), muitas vezes a qualidade literária que tanto prezamos é deixada de lado. Bom, não nos importa agora avalia-los. O que tento mostrar é que essas obras de humor paródico necessariamente não implicam obras ruins. Para exemplificar, por que não observar o que a tão parodiada Jane Austen pensa? Bom, como ela já não está entre nós, resta-nos entender um pouco de seu pensamento através de seus próprios escritos.
Katherine Morland, a protagonista de A abadia de Northanger, vive numa cidadezinha pequena onde pouco se tem pra fazer além de ler os livros da estante dos pais. Essa prática cria uma leitora viciada em romances góticos, tão viciada a ponto de fazer com que ela viva fantasiando uma aventura envolvendo todos os clichês deste tipo de história. Um conhecedor da lira ferina da autora perceberá logo a marionete que a protagonista vira em suas mãos. Tudo isso para quê? Para parodiar os romances góticos que tanto dominavam a sua época!
Assim, o que veremos neste romance é uma chuva de frustrações que tem a intenção de fazer com que o leitor ria. Sendo a ironia de Austen tão sutil quanto conhecemos, isso pode não ficar tão claro à primeira vista. Mas uma vez percebida, prepare-se para o riso. Pouco importará se Katherine terá um final feliz com seu par amoroso; a graça em ver uma mocinha descobrindo a vida adulta se metendo em confusões por sua imaginação fértil já se incrustrará no leitor. E quanto a questão que levantamos aqui? Ora, será que, se Austen, uma das escritoras mais respeitadas por sua qualidade e importância, parodiava toda uma tradição literária do séc. XIX, por que um escritor contemporâneo não pode fazer o mesmo com uma de suas obras? No fim das contas, os aspectos temáticos pouco importam, pois qualquer julgamento passaria apenas pelo gosto do leitor, a qualidade literária só será comprovada avaliando-se os procedimentos estéticos utilizado por aquele que "ousa" satirizar o cânone. 
E então, o que me dizem? A seção de comentários é de todos vocês! No mais, deixo um videozinho de uma pouco conhecida adaptação fílmica do livro, só para deixar vocês instigados. Amplexos.




 Confira também a parte 1 e a parte 2.






















29/03/2012

Sobre "Cemitério de trens".

Mais um conto para a aonda sem pé nem cabeça que estou escrevendo. Aqui temos em Cemitério de trens um casal (já perceberam como adoro casais?) que, após uma farra daquelas, dorme num antigo cemitério de trens, abrigando-se da chuva. O problema surge quando a protagonista acorda e se vê perdida em outra época, ao lado de um rapaz mais estranho ainda, que nem sequer fala sua língua. Desenrola-se sua busca por uma maneira de voltar e compreender o que lhe acomete. Impressionante como, a cada dia, deixo ainda mais a verossimilhança de lado, pelo menos ao modo clássico de ver a coisa. Os elementos mais absurdos tem surgido e trazido imenso prazer em sua fatura. Acho que tudo isso ainda renderá muito.



26/03/2012

Como foi a 3ª edição da FLIBO


De 21 a 25 de março deste ano, na cidade de Boqueirão, no Cariri paraibano, ocorreu a III FLIBO - Feira Literária de boqueirão. Estive por lá para deixar minha fala na palestra "Lirteratura Contemporânea e as novas mídias de comunicação", bem como para lançar meu livro de contos, Balelas. Além de mim, muita gente boa também apareceu, fazendo com que o evento fosse um total sucesso. 


As palestras aconteceram duirante as tardes na Câmara Municipal da cidade, sempre contando com bom público e rendendo bons debates. Os assuntos foram dos mais variados; tivemos desde aspectos da Literatura de Cordel da atualidade (com o cordelista Manoel Monteiro) a depoimentos que misturaram teoria e emoção ao falar de como ser um bom crítico literário (com Hildeberto Barbosa Filho). Além do lançamento de Balelas, o amigo e poeta Jairo Cézar deu uma prévia do que está vindo com seu Rapunzel e outros poemas da infância e Bruno Gaudêncio chamou o público para debater o porquê do nordeste se apegar tanto ao que se conhece como regionalismo na literatura. Isso mostra que o núcleo CAIXA BAIXA continua firme e forte com presença nos grandes eventos da região. Também tivemos convidados vindos de outras bandas, como o grande poeta baiano José Inácio Vieira de Melo, que mandou bem num recital só seu ao término da feira, e a escritora Janaína Rico, de Brasília, que mostrou muita simpatia e angoriou muitos simpatizantes para o seu projeto "Ler está na moda". 
Evidentemente, o evento ainda teve muito mais, falar o nome de todos os presentes seria criar uma enorme epopéia, mas fica aqui o registro da grande festividade que foi a feira em todos os instantes, nas oficinas de arte e literatura, na poesia declamada - ou aboiada - em plena feira livre da cidade como nos shows que marcaram as noites de todos os que visitaram Boqueirão nessa ocasião. resultado? Muitos amizades formadas/ formando-se, cultura para o povo (e de graça!) e muita diversão. Desde já agradeço à Mirtes Waleska Sulpino e toda a equipe responsável pela manutenção de tão precioso evento. A literatura, tenho certeza, agradece e aguarda ansiosa os anos vindouros. É isso aí.

 Fotos: (1) Sanfona e poesia rolando em plena feira livre de Boqueirão; (2) Público lotando a Câmara durante as palestras; (3) Hideberto Barbosa Filho; (4) José Inácio Vieira de Melo autografando seu Roseiral; (5) Tarcísio Pereira (PB), eu e Carlito Lima (AL); (6) Com Janaína Rico, autografando Balelas.

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