18/02/2010

As mulheres do Wander (parte III)


The sky falls and you feel like it's a beautiful day...


Sim, há um grupo de personagens feminos em meus contos que são senhoras de si, fazem e acontecem, enfim, são realizadas. Essas, admito, são poucas, prefiro histórias com mentes mais perturbadas (hihihi...). Acompanhemos um trecho do conto Oceano, de minha autoria:

"Iara, como toda boa patricinha, exibe-se num intenso mar de beleza afrodisíaca. Top less. Se pudesse fazia tudo less, só para que as retinas circunvizinhas melhor a desenhassem. Mas naquele dia algo de diferente acontece: ela vê o mar, e no mar avista a sua paixão, o surfe. Vou me dedicar e aprender de uma vez por todas. Assim vai ao encontro do mar, de encontro a Lucas. Segue-se a maré de gírias, beijos e declarações de amor à liberdade".


Neste parágrafo vemos a descrição de Iara, a personagem que apesar de se deparar com uma tragédia no texto, é apresentada como panacéia, como divindade do mar (deve ser daí que vem o nome dela), como um exemplo de beleza, sagacidade, dando ênfase para uma característica invejada por muitas pessoas (não apenas mulheres): a liberdade. Iara é livre para voar, surfar, namorar, viver a vida no melhor dos sentidos. Ela parece ter a o oceano e o mundo inteiro aos seus pés. Isto de certa forma aumenta a caraga dramática da tragédia vivida por ela, o que por agora não vem ao caso. Mas é fato que ela parece quase inverossímil dada a perfeição que lhe é atribuída. Acho essa personagem linda, embora seja suspeito para falar.
Outra que citaria é a Berenice da segunda versão do conto A violoncelista. Exímia violoncelista, bela e impiedosa, não deixa que o ciúme a corroa. Podemos questionar seus métodos de libertação, mas não há como negar que realmente isso contribui muito para sua felicidade dentro do texto.
Assim que tiver mais idéias retorno. ^^

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