"Ascensão e queda": romance de estreia!

Saiba como adquirir seu exemplar.

Contos de Wander Shirukaya

Para aqueles que querem conferir o que tenho escrito, dêem uma olhada aqui!

Tergiverso

Sensualidade em forma e conteúdo aguardando sua visita.

O híbrido e a arte

Animes, cinema e literatura

Procurando entrevistas?

Amanda Reznor, André Ricardo aguiar, Betomenezes... Confira estes e tantos mais entrevistados por Wander.

30/07/2012

Desencapetando o riso (parte V)



O mafaldismo contemporâneo


Não me entendam mal.Esta série não está aqui para falar mal da queridíssima (sem ironia) Mafalda. Mas ela serve de mote para debatermos um poquinho mais sobre o riso e a comédia nas artes. Como já vimos comentando, rir era bom, mas com a dominação religiosa, rir tornou-se feio, demoníaco. É fato que após a Idade Média o mundo tem se aberto à diversidade de credos, mas o conservadorismo que se pregava parece não ter desaparecido. Ora, a questão aqui não é uma pregação política, não quero que você que acompanha essa série saia da direita para esquerda ou vice-versa. Apenas que repare como o maniqueismo e os extremismos parecem encobrir o bom senso quanto ao humor. 
Rimos e, como já discutimos anteriormente, esse riso não será sempre "certinho". O problema parece ser a carga de culpa que o conservadorismo vigente ainda nos impõe, fazendo crer que, caso eu ria de uma piada que não siga os padrões da ética, vá para o inferno ou - como é mais comum nos dias de hoje - vá à júri popular. Aí é que surge o perfil da piada perfeita; e assim é que Mafalda vem sendo canonizada nas redes sociais como exemplo humor inteligente. Uma criança que fala como um adulto idealista é a figura perfeita para confortar o cidadão que sofre com o jornalismo policial, que pega dois trens mais um ônibus para trabalhar e volta morto de cansado pensando em relaxar com algo que não lhe ofenda mais. Particularmente gosto muito da Mafalda e concordo que devamos sempre descansar depois do sofrer do caos cotidiano, mas isso não deveria polarizar a visão que se tem do humor. Muitas piadas não seguem o nosso padrão masculoeterobrancoclassemédia e nem por isso podem ser vistas como ofensivas. Até porque, sendo a piada também uma expressão artística, ela pode muito bem fazer uso do humor negro (ou politicamente incorreto) tanto para satirizar como para denunciar a condição em que vive a vítima daquela piada. Assim, não raro, negros fazem piadas racistas, gays fazem piadas homofóbicas e assim por diante, sem que possam ser vistos como racistas, homofóbicos e assim por diante. Uma piada é uma figura, uma ferramenta, uma arma; como se faz uso dessa piada já são outros quinhentos. O riso é livre, não deve ser demonizado, deve estar sempre na cara do demônio, da Mafalda ou de quem mais aparecer neste mundo. 

Continua...

Leia também a parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4.

17/07/2012

Primeiros passos do rap nos anos 10 (parte II)

Sua antiga banda, o Planet Hemp, já se mostrava como um projeto que queria vôos mais altos do que os apresentados na mistura pesada de rap e rock somada ao discurso pró-legalização da maconha em Usuário (1994). Assim, B Negão montou seu projeto com os Seletores de Frequência, enquanto Marcelo D2 (foto) resolveu seguir carreira solo. Nesta, o músico buscou fundir sons de rap e hip hop a bases de sambas antigos, o que fez com que as pessoas começassem a lhe perceber além do que já se via no Planet Hemp. Mas foi apenas quando A procura da batida perfeita chegou às lojas que a reviravolta começou. O disco cumpriu com maestria a proposta de mistura de gêneros e gerações que já vinha sendo montada, graça, inegávelmente, ao amparo de uma superprodução assinada pela Sony Music (em tempos de desprezo às gravadoras, tal sucesso poderia nos fazer pensar até onde este desprezo é necessário, não?). O resultado fez com que Marcelo D2 fosse de maconheiro sem futuro a ícone pop. Musicalmente falando, isso talvez se deva, além da produção já comentada,a essa uniao de ritmos que, conforme falava-se, tinham raízes muito parecidas. A proposta abriu margem para uma sofisticação do até então rústico rap que se fazia no país, levando o ritmo a outros patamares além do underground. Acredito quea saudação aos mestres ajudou muito e aproximou todos desse tipo de música. D2, como diria Chico Science, modernizava o passado, abrindo as portas para que novos rumos fossem tomados num gêneroa aida muito restrito, mesmo com sua popularização via Racionais MCs. 

Continua...



11/07/2012

Sobre "A escuna voadora"

Pois bem, aos que acompanham este blog sabem que pouco me atrevo a escrever em alguns segmentos, não tanto por não gostar, mas por achar que ao me saio tão bem nestes quanto em outros estilos ou temáticas. O steampunk é um destes gêneros em que não me sinto tão à vontade, mas é fato que, graças a grandes discussões sobre o gênero que tenho tido com outros autores, inclusive Félix Maranganha, que parece estar criando o caatingopunk, espécie de steampunk nordestino (falando de modo bem superficial), tenho me interessando mais por ele. Tanto que disto saiu o resultado: o primeiro conto caatingopunk que escrevi na vida. A escuna voadora traz a vida de uma família humilde da João Pessoa do século XIX que tem a chance de conseguir prestígio e dinheiro, graças à inventividade do  dono da casa. Entretanto, a mulher lhe apurrinha durante este processo, o que faz com sua criação, uma escuna voadora movida a vapor, tenha um gosto não mtão palatável. 
Dentro em breve mais notícias. 


02/07/2012

Sobre "A queda da primeira-dama"

Interessante como sempre me soa legal ter a vida a dois como ponto de partida para muitos dos meus contos. Esse não foge à regra, sendo também mais um da leva fantástica que vem por aí. A queda da primeira-dama traz um prefeito, homem velho, que está sendo investigado por corrupção. Ele teme à falência, a condenação em juízo. Não se sente mais à vontade da esposa muito mais nova que ele, quer que ela suma. A mulher, por incrível que pareça, não quer abandoná-lo, prefere virar pó junto ao seu amor. Enfim, mais um dos textos dos projetos vindouros terminado. Vamos em frente, atrás vem gente!.


Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More