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07/09/2017

Entrevista no Roberto Menezes + Resenha: Palavras que devoram lágrimas





Conversei via whatsapp com o amigo e escritor Roberto Menezes, que lança seu mais novo livro neste sábado, 09/09,2017, em João Pessoa. Além do bate-papo, no final apresento algumas considerações sobre o livro. Enjoy!


Wander Shirukaya - Palavras que devoram lágrimas é seu mais novo livro, mas já foi publicado anteriormente. Trata-se de uma espécie de remake? Se sim, por que em tão pouco tempo reescrever uma obra?


Roberto Menezes - Já começamos por um ponto que acho um importante falar: Palavras é um livro inédito. Quem quiser ter outra opinião, fique livre. Remake? Pode ser o que significa a palavra. Em um momento do livro maria diz:

(...) ela disse e continuou, não sei se foi com essas palavras, algo como, o texto que queremos, o texto ideal, pode ser dividido em três atos, o primeiro, o ato de desmontar o motor quando a gente torce pra que já aí o problema que levou o mecânico a desmontar ele dê indícios de ser encontrado; o segundo, o ato de encontrar o defeito em si e consertar; o terceiro ato, com o mal sanado, colocar delicadamente, num rito de trás pra frente, as peças no lugar pra fazer o motor rodar suave e sem nenhum defeito. Pronto. Me lembro da cara de margareth menezes dela: só assim o carro segue na rua, só assim o bloco sai na rua. (...)

Palavras já foi escrito quatro vezes. No meu primeiro encontro com maria. E nos três retornos com ela. O plot é o mesmo, nada muda. O que muda é a gordura no livro. A dissertação de Maria absorve novas influências internas e externas. E do meu ponto de vista, muda toda a intenção a cada publicação. Ao contrário da moça com cara de Margareth Menezes, nem eu, nem Maria, estamos interessados em montar um motor, a gente quer que o motor se exploda. Sobre reescrever em pouco tempo? Rapaz, eu tô com um monte de romance pela metade (lembra do romance Sarau?, tá pronto), mas Maria quer saber? Porra nenhuma, ela chega e me arrasta pra dentro dessa porra. E eu, nem pensar em ir contra ela.

WS - Interessante. Eu sou desse povo que diz que quem manda na obra são os personagens. Você impõe algum limite a eles? Como é essa relação autor-personagem?

RM - Cara, nesse caso o processo é diferente. O livro todo tem uma pegada metalinguística. Logo Maria vem como um alter ego. A gente sabe que todo personagem tem que ter certa profundidade e, nesse caso, preciso (me permito) somar, visão próprias de coisas que concordo e discordo do que Maria tem a dizer. É um jogo de afirmação e negação. Mas quero reforçar uma coisa, não é simplesmente um circunlóquio como o texto quer parecer. Ela própria tenta levar o leitor a isso:

“(...)A senhora com cara de margareth menezes do piauí abominaria, me mandaria pra casa diria, ‘para de enrolar com esse circunlóquio, pupila, por mais que a mariazinha tente, não vai conseguir esconder essa falta de verossimilhança que salta aos olhos’”.(...)
“(...) Aí se minha orientadora lesse essas palavras aqui, vixe maria, se ela visse a esquizofrenia e a hipocondria desse texto tão canastrão. Solipsismo autotélico de estudante de filosofia. Dona doutora, não procure lógica, a única lógica aqui é afiar nesse cara  aqui do meu lado as palavras como se elas estivessem indo ser (...)”

WS - A Maria me lembra muito a Laura de Julho é um bom mês pra morrer. Diria fácil que os dois livros parecem fazer parte de uma série. Isso foi intencional? Teremos chance de uma trilogia mais à frente?

RM - Sim, Maria e Laura são duas personagens chaves na minha história como escritor. Laura de Julho é uma versão da Laura de Pirilampos Cegos que eu não tinha conseguido tornar realizada enquanto personagem. Apesar de compartilharem algumas coisas estilísticas, a visão de mundo das duas é bem diferente. Laura é bem niilista e não encontra um pertencimento no mundo que vive, e Maria é um poço de arrogância e egocentrismo. Porque você sabe, cada ser humano tem um pouco dos dois. Ao mesmo tempo que se sente poeira das estrelas, também devaneia a possibilidade de a terra, os céus e os séculos círculos do inferno terem sidos arquitetados unicamente para si.
Na narrativa, elas se conhecem. Em Julho, tem vários capítulos em que Laura quase cede o protagonismo pra ela. Eu tenho um livro pronto,  que é do ponto de vista do marido de Maria, mas falar em trilogia não tem sentido.

WS - Por quê?

RM - Porque não se fecha, tanto que em 2022 vou lançar Julho é um bom Mês pra morrer II.
 
WS - O estilo das narrativas tende ainda a ser similar? Não teme que isso possa te rotular ou limitar de alguma forma?

RM - Parecem, mas não são. É igual a Metal, quem não conhece pensa que é a mesma coisa. Rapaz, rotular, quero nem saber. Limitar, eu mesmo tenho consciência das minhas limitações, mas vou cavando um poço ao redor delas.

WS - Palavras está para sair, você pretende lançar uma segunda parte de Julho; também você tornou público há alguns dias um livro em coautoria com Maria Valéria Rezende. Tenho vários amigos que consideram prejudicial uma leva de publicações muito grande e rápida, especialmente em termos de mercado. Você teme que o volume de publicações te prejudique de alguma forma?

RM - Eu sempre penso nisso, como a literatura pode me prejudicar? Mas penso no sentido pessoal. Tipo, minha obsessão por escrever me deixar relapso em outros aspectos da minha vida. A resposta é sim. E tento melhor quanto a isso.
Agora prejudicar do ponto de vista do que as outras pessoas vão achar dessa abundância de texto, absolutamente não (não sei se isso é pleonasmo vicioso ou só reforço). Eu não planejo nada em relação ao que escrevo. Escrever é como se estivesse em uma grande patuscada sem horas pra acabar. Uma suruba de ideias, de realizações que há pouco eu não tinha acesso ou capacidade, de frustrações de não dar o tom certo ao que imagino com um texto. Já dá pra perceber que essa imersão meio que me faz dar de ombros pra que os outros acham. Sei lá, eu pensava que isso ia passar, que ia ficar mais maduro, mas não. Aspectos que outros acham importantes, como prêmios, editais, etc e tal, tão cada vez irrelevantes pra mim. Só quero publicar, Patuá e Moinhos, enquanto existirem e me deixarem ficar, vou ficar. O site que me pedir texto, mando na hora. É claro que essa minha posição é algo confortável, que muitos não têm acesso à editora ou precisam de faturar do que escreve. Sobre isso, sou privilegiado mesmo. Sobre a falta de acesso, digo duas coisas: 1) já fui muito pior; 2) dica de ouro: demorei dezessete anos pra conseguir publicar um livro como eu queria que fosse publicado, e isso me fez um bem danado, sem pressa, cara, escreve nas sombras, faz tuas cagadas, monta uma lasanha de merdas diversas, experimenta, escreve e reescreve, simula todos os tipos de estilo, moça, copia aquele escritor na cara de pau, mas tenta tirar algo teu do plágio, vá por mim, se prepara, ganha experiência, cara de pau e fôlego pra se jogar de vez na orgia. Por fim, prejudicial é morrer de vontade, ainda mais na flor da idade.

WS -  Ainda sobre o livro com Maria Valéria, como se deu a parceria? Conta um pouco do processo, de como foi trabalhar com a autora.

RM - Ufa, acabamos o livro essa semana. Primeiro de outubro vamos abrir um Catarse. Então, o livro Conversas de Jardim, que vai ser publicado pela Editora Moinhos, não nasceu de maneira programada. Visito Valéria regularmente. Teve um tempo em 2014 que eu corria de onde eu moro, do lado do MAG [Shopping, em João Pessoa], até a casa dela, do lado do Shopping Sul. E pra descansar dessa corrida entre shoppings, batia na casa dela. Isso era quatro da tarde, mais ou menos. A gente conversava de tudo. Teve um dia que pedi pra gravar. Pronto. Horas e horas de conversa fiada (no tempo, bota aí pra ficar bem piegas). A gente só teve uma ideia de transformar o produto dessa conversa em do livro só agora no começo de 2017. A gente pensou, bora fazer uma brincadeira. Tipo, discordar do que a gente já tinha falado, reforçar, e naturalmente foi tomando uma estrutura de livro. A gente conseguiu por coisas legais como arcos narrativos em toda conversa, e algumas rimas narrativas também. Mas já vou avisando: quem for ler, não deve confiar no que a gente fala da nossa história, talvez seja invenção, talvez o tempo confundiu a gente na mão grande. Personagens. Simulacros. Até o que aconteceu de verdade, é pura ficção. Coficção. Escrito por quatro mãos confusas, tagarelas e hiperativas.
Penso que quem gosta de escrever vai gostar desse livro. A gente divide nossa visão de mundo. É claro que do lado de Valéria sou um zé ninguém. Mas por incrível que pareça a gente coincide em algumas coisas. A experiência dela em educação popular, a minha origem na periferia. E isso rebate sem sombras de dúvida na maneira como a gente escreve e sobre o que a gente quer escrever. Se você insistisse nessa pergunta, eu responderia: Conversa de Jardim é um livro que queria ter lido quando eu tinha dezessete, dezoito anos e era mais perdido do que cego em tiroteio.

WS - Tem alguma previsão do lançamento?
                     
RM - Se der tudo certo, novembro agora, finalzinho.             

WS - Vivemos um momento complicado no nosso país. Em tempos assim, muitos cobram que o autor escreva algo a respeito. Isso tem se refletido nas suas obras de alguma forma?

RM - Primeiramente, devo dizer que sou igual a palhaço: se me mandam sentar, sapateio. Logo, a palavra cobrar me irrita bastante. Agora, por outro lado, não tem como um escritor não absorver momentos e movimentos de sua atualidade (eita, tô falando feito intelectual, vixe maria), e isso vai ser inevitavelmente refletido no que ele escreve. No mínimo, palavras que não existiam até a virada do século vão ser postas naturalmente num conto qualquer.
No meu caso, acho que vai além disso, em Julho sutilmente faço uma metáfora sobre a queda da classe média nos anos FHC e Lula (só Alfredo Montepegou), além de falar de realidades sociais da geração que achava que um diploma universitário era o bastante pro sucesso pessoal e profissional. Em  Palavras, o enredo faz críticas explícitas ao modus operandi do meio político, já que Maria é ex-mulher de vereador da capital paraibana. E o mais engraçado é que, desde a primeira versão, ela (no caso, eu) vai perdendo a fé no meio onde ela viveu por muitos anos. De novo, o duplo, eu Maria, vamos trocando visões, perdendo esperanças.

Agora, se um escritor quiser escrever sobre borboletas de uma galáxia remota, se essas fábulas artrópodes não tiverem nenhuma segunda intenção, nenhuma mensagem escondida, nada pra agradar caçadores de porradas em luvas de pelicas, o que é que tem? Deixa a moça escrever, deixa o velho fazer o que mais lhe der paz ou aflição. Caralho, já basta o resto das coisas empurrarem a gente pra onde a gente não quer ir. Deixa cada tarado com sua tara.


WS - Pra encerrar, fale um pouco dos lançamentos já confirmados: Palavras vem a João Pessoa nesse fim de semana, mais alguma cidade à vista?

Vou fazer uma mini turnê (óia mesmo). Boqueirão, dia 21. Belo Horizonte, dia 26. São Paulo, dia 29. (tá parecendo Raça Negra, mas um dia eu lanço em Itapecerica da Serra). Até agora só. Mas tou topando tudo. Livro foi feito pra ser lido, se não ventar a porra, e divulgar, o bicho mofa em casa.

WS -  Grato pela entrevista!
RM - Valeu!

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ESBURACANDO AS PAREDES DO DESASSOSSEGO

Figurinha carimbada do cenário literário paraibano, o tibiriense Roberto Menezes lança este mês mais um romance de sua autoria, mas agora com certa responsabilidade: a de suceder o excelente Julho é um bom mês para morrer (Patuá, 2015).  Coube esta missão a Palavras que devoram lágrimas (Patuá, 2017). Curiosamente, o material não é de todo inédito, já que a obra já havia sido publicada duas vezes antes (o que justifica o Terceiro retorno do subtítulo da última edição), com diferenças flagrantes entre as versões apresentadas. Conforme se pode conferir na entrevista com autor no início dessa matéria, isso de forma alguma prejudicará a leitura.

Maria, a espiral do desespero

Palavras que devoram lágrimas nos apresenta Maria, esposa de um vereador que vê seu casamento em ruínas e, com isso, encontra na escrita seu desabafo. Uma das características propositadamente expostas da protagonista é seu comportamento irritante e hiperbólico, o que ficará evidente ao leitor nas excessivas repetições de expressões e imagens. A protagonista faz da insistência sua força. O leitor que resolver entrar na dança se deparará com uma mulher cheia de ressentimentos que, conforme a leitura avança, ficarão mais explicados. Entretanto, há de se afirmar que a composição da personagem talvez soe repetitiva a um leitor mais ávido por dinamismo da diegese, fazendo com que a protagonista seja uma faca de dois gumes frente as nossas expectativas.
Por outro lado, duas categorias literárias clássicas se sobressaem. Uma delas é, de longe, a mais vilipendiada na prosa de modo geral: o espaço. Tal categoria, aqui, tem papel importantíssimo no desenrolar da narrativa. Grande parte do desabafo de Maria fala do quarto onde vivia com o marido e de como as camadas de tinta das paredes servem de gatilho para a memória. A mulher lixa todas as paredes, evocando lembranças cada vez mais conturbadas, o que, de certa forma, remete à estranheza do clássico The yellow wallpaper de Charlotte Perkins Gilman – convém dizer que amarelo também é uma das principais cores que figuraram as paredes do local:

A cor que vi de perto, quando desencravei o vermelho dali, era amarelo-ovo, mas em sua homenagem, e em homenagem a sua vanessinha, vou chamar de amarelozinho.
É, e finalmente, depois de muita escavação, chego na cor da qual realmente eu quis pintar o quarto de me lamentar. O vermelho, na época, eu gostei, mas como hoje é o dia mundial de percepção do óbvio, não gostei nada. Era só o meu inconsciente leviano se submetendo à magreza dos teus lábios. O amarelozinho, sim, é a minha cor predileta desde menina. Cor do linho, meio-irmão do bege, primo pobre do amarelo-ouro. Também te confesso, esse amarelozinho é o mesmo das flores que você me deu presas a um buquê no dia em que tomei a decisão de tentar me apaixonar por você.


A composição desse cenário parece corroborar o já levantado por Gaston Bachelard sobre a figura da casa ser o espaço perfeito para o devaneio. Todavia, se o filósofo também ressalta a sensação de segurança que o lugar evoca, aqui ele parece despertar mais desespero, não deixando, é claro, de representar o devaneio, elemento que impulsiona a narrativa.
Outra categoria que merece atenção é o foco narrativo. Para compor todo o desvario da protagonista, Menezes acerta em cheio em usar um fluxo de consciência bastante radical. Tal recurso é tão expressivo que, em determinados momentos, o leitor se deparará com palavras completamente soltas, desconexas, que representam o estado irracional do desabafo. Porém, uma vez percebido tal ocorrência, seus olhos se acomodarão.

Um ponto onde Palavras parece derrapar é em seu desfecho. Se o tempo todo somos guiados pelo quarto e suas paredes, eas parecem ter ficado um pouco de lado nos momentos finais. Talvez isso frustre quem já havia se habituado a esburacar as paredes junto à Maria. Por se tratar de uma nova versão de um antigo texto, Talvez isso denote modificações profundas por que a obra passara, mas que não tenham sido tão bem aproveitadas.
O que podemos esperar de Palavras que devoram lágrimas, no fim das contas, é uma narrativa carregada, performática e, por este mesmo motivo, divertida a quem decidir ouvir as confissões de Maria. A obra mostra um autor que, em comparação com seus títulos anteriores, vem mostrado fôlego e, principalmente, definindo um estilo – algo almejado por grande parte dos escritores contemporâneos.   Talvez a incursão atual não seja tão especial quanto sua antecessora, mas isso está definitivamente longe de algo mau ou de que não se possa recomendar a leitura.

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SERVIÇO

O escritor Roberto Menezes lança o terceiro retorno do livro "Palavras que Devoram Lágrimas" no próximo dia 9, às 17h, no Cabaré Brasil, em João Pessoa. O livro, embora traga a mesma estrutura das duas publicações anteriores, é inédito.

A apresentação do livro será feita pelos escritores Joana Belarmino, João Matias e Maria Valéria Rezende. No evento, haverá um ponto de recebimento de livros para o Projeto Leitura Livre, da Moenda – Arte e Cultura, que organiza o lançamento.

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PALAVRAS QUE DEVORAM LÁGRIMAS (terceiro retorno) 

Autor: Roberto Menezes
ISBN: 978-85-8297-432-2
Número de páginas: 144
Editora Patuá.
Valor: R$ 38,00

Data: 9 de Setembro de 2017
Hora: 17 horas
Local:  Cabaré Brasil. 
Rua Coração de Jesus, 200 – Tambaú. João Pessoa. Paraíba

Organização: Moenda – Arte e Cultura

Sinopse:

Palavras que devoram lágrimas. Tela em branco. Reticências. Uma meia verdade. Um início. É o ponto de partida pra Maria apresentar sua condição após um traumatizante fim de um casamento de sete anos com um vereador da oposição. Ao longo das páginas, ela escava o grande deserto de suas experiências, arrancando as várias camadas de tinta das paredes do seu quarto onde viveu sua relação. A cada nova cor descoberta, a consciência de Maria vai se fragmentando. E, palavra a palavra, embreando nas profundezas do seu inferno azul-inferno.

O romance entrega um jogo onírico e metalinguístico. Um universo de imagem e fúria. Palavras arremessadas na tela com exagero e urgência. Lixa. Pau. Pedra. Pó. Uma sequidão só. Maria em seu terceiro retorno. Traduzido do árabe, “Palavras que devoram lágrimas” é a transcrição inexata dos gritos amanhecidos das xiitas do Curimataú que rodeiam os sonhos do autor.

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Roberto Menezes é paraibano. Nasceu em 1978. É professor da Universidade Federal da Paraíba. Faz parte do Clube do Conto da Paraíba. Tem romances publicados. Foi vencedor do Prêmio José Lins do Rego (2012). É um dos criadores da FLIPOBRE.


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