A vida é feita de escolhas, meus caros. Com alguém que se julga escritor e gosta tanto de literatura não poderia ser diferente. talvez por isso eu me refira muito a esse processo de composição como um "parto doloroso". o resultado final sempre agrada, mesmo que não seja uma boa obra de arte; ter saído de suas entranhas já te garante um sabor especial, a satisfação do dever cumprido. Mas se tem uma coisa que me tira o juízo é pensar em títulos. Demoro muito tempo do processo pensando em títulos que sejam significativos e que atendam a meus propósitos. É traalho de Sísifo, pode crer. A coisa só piora quando chego no estágio em que estou agora: pretendo batizar meu livrinho. pensei em dois títulos: o primeiro era Balelas, nome que me mostra uma alusão clara a situações vividas pela personagens perante um cotidiano implacável e muitas vezes medíocre. Balelas resumiria muito do tom de meus contos, servindo de afirmação nesse sentido (o de representar o dia-a-dia), e por outro lado soa irônico ao leitor mais atento, ao perceber que há algo mais por entre aquelas linhas exibidas. concomitantemente, pensei num título mais longo, estranho e que pudesse não apenas representar climas dos contos como causar por si só uma sensação de inquietação ao leitor. Eis que me surgiu Canções de confortar cadáveres. esse título, a meu ver, convida o leitor a entrar num mundo incerto, fragmentado, que não se desmembra com facilidade, que requer mais a paciência, a percepção e o raciocínio daquele que lê. Há, ainda agora, um impasse em mim. Não penso em por estes nomes numa enquete, por exemplo, pois a decisão, apesar de levar em consideração os fatores externos (pitacos dos amigos também valem), é uma busca solitário, como sempre tenho dito aqui. aos que me quiserem ajudar, fica a liberdade. Assim que eu decidir, comento em novo post.
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