Prossigamos agora com mais de nossa discussão sobre relação entre literatura e cinema.
Muitas vezes ao falarmos das famigeradas "versões" de textos literários para o cinema, nos deparamos com comentários do tipo "ah, o filme não chega em aos pés do livro", ou "se você leu o livro então nem assista ao filme, ele não é fiel, é uma porcaria". Não importa se falamos de grandes clássicos da literatura ou de best-sellers chinfrins com vampiros brilhantes, a conversa é sempre a mesma: o filme é horrível e muitas vezes por não ser fiel ao livro de origem.
Bom, o que temos que ter em mente ao compararmos (a comparação sim é inevitável) um texto literário à sua adaptação fílmica, é que nunca devemos cobrar fidelidade por parte do diretor do filme. Há até nossos dias extremo preconceito com relação ao que é adaptado, o que se agrava devido a nosso desconhecimento de como fazer uma comparação mais interessante. Sendo assim, tiremos da cabeça que o filme é sempre o vilão: o filme, apesar de nascido de outra obra neste caso, é uma recriação, e como tal, não deve nada a seu texto de origem. Há muitos casos em que o livro realmente é mais interessante que sua adaptação fílmica. Mas e quando nos deparamos com o clássico Laranja Mecânica (foto), de Kubrick, adaptado do livro de Anthony Burgess? Sabe-se que o livro veio primeiro, mas mesmo assim foi o filme que entrou para a galeria de obras inesquecíveis de nossas memórias.
Enfim, dizer que livro é superior só por ter "nascido" primeiro é uma baita maldade nossa. Precisamos utilizar simples métodos para comparar melhor sem termos de de perguntar "o que o coitado do Diretor fez com meu livro preferido". Que métodos seriam estes então? falemos neles em nosso próximo encontro.
A grande amiga Karla Hack promove hoje uma discussão também sobre cinema! Confira, basta clicar aqui!Muitas vezes ao falarmos das famigeradas "versões" de textos literários para o cinema, nos deparamos com comentários do tipo "ah, o filme não chega em aos pés do livro", ou "se você leu o livro então nem assista ao filme, ele não é fiel, é uma porcaria". Não importa se falamos de grandes clássicos da literatura ou de best-sellers chinfrins com vampiros brilhantes, a conversa é sempre a mesma: o filme é horrível e muitas vezes por não ser fiel ao livro de origem.
Bom, o que temos que ter em mente ao compararmos (a comparação sim é inevitável) um texto literário à sua adaptação fílmica, é que nunca devemos cobrar fidelidade por parte do diretor do filme. Há até nossos dias extremo preconceito com relação ao que é adaptado, o que se agrava devido a nosso desconhecimento de como fazer uma comparação mais interessante. Sendo assim, tiremos da cabeça que o filme é sempre o vilão: o filme, apesar de nascido de outra obra neste caso, é uma recriação, e como tal, não deve nada a seu texto de origem. Há muitos casos em que o livro realmente é mais interessante que sua adaptação fílmica. Mas e quando nos deparamos com o clássico Laranja Mecânica (foto), de Kubrick, adaptado do livro de Anthony Burgess? Sabe-se que o livro veio primeiro, mas mesmo assim foi o filme que entrou para a galeria de obras inesquecíveis de nossas memórias.
Enfim, dizer que livro é superior só por ter "nascido" primeiro é uma baita maldade nossa. Precisamos utilizar simples métodos para comparar melhor sem termos de de perguntar "o que o coitado do Diretor fez com meu livro preferido". Que métodos seriam estes então? falemos neles em nosso próximo encontro.
24 pitacos:
Literatura e cinema teriam tudo para se encaixar de uma maneira boa, mas uma coisa chamada 'tempo' e outra 'dinheiro' e ainda outra conhecida por 'falta de capacidade de interpretação' não permitem.
http://blogs.abril.com.br/rafaeliglesias
Sempre haverá comparações e determinações entre os dois...
No caso do Laranja Mecânica acho os dois trabalhos magníficos...
Bem como na Fantástica Fábrica de Chocolate (versão antiga) e o livro
E Também achei O Senhor do Anéis bem adaptado..
Não dá para se esperar a mesma riqueza de informações de um livro, em um filme com tempo limitado...
Muito bom seu post!
;D
Pois eh, Karla, este eh mais um ponto a se considerar.
Não tem jeito, a gente sempre acaba comparando. Mas cada caso, é um caso e por isso as generalizações não são válidas.
Realmente, até hoje todas as obras literárias que eu tive a oportunidade de ler e assistir ao filme, deixaram muito a desejar nas telas e creio que seja sim passível de generalizações. Abraço.
www.catarseonline.blogspot.com
bom, há livros que são bem adaptados, ha outros nem tanto depende mto.
Acho que deve ser extremamente difícil ser 100% fiel ao livro, ou por exemplo ter somente as partes boas ou essenciais do livro, afinal, o filme tem um orçamento, um tempo e um estúdio, todos limitados, a imaginação de um autor não. Acho que até hoje o filme mais bem adaptados, de todas as séries que eu já vi, foi Harry Potter: e o Príncipe Mestiço, mas ainda assim, houveram falhas das grandes nessa adaptação.
Atenciosamente, seu novo fiel leitor kkkkkkk
Eita, meu novo leitor, nao pegaste o cerne da discussao deste post? Era justamente evitar q as pessoas tratassem algo ausente ou diferente no filme como uma "falha". Ora, se o autor do livro tm a imaginação livre, pq o diretor nao pode usar a sua para recriar a historia? É uma nova historia, entende?
Acho q o proximo post dessa serie deixará as coisas mais claras.
Concordo com você! Nunca vou dizer que o livro é melhor pois veio primeiro. Mas sim acho sempre o livro melhor por ser vamos dizer original. Mas sempre pode ter um exceção!
Parabéns pelo blog!
A literatura apesar de mebos recursos supera o cinema, tem mais artificio para henrriquecer culturalmente!
gostei muito da sua explanação
http://cemiteriodaspalavrasperdidas.blogspot.com/2009/07/trilogia-dos-prologos.html
Literatura e cinema seriam perfeitos, se realmente fosse possível diminuir uma histórias de dias de criação em horas de filmagens, para depois serem editadas e virarem somente a sinopse de algo maravilhoso. Ler primeiro, depois pra ver o filme. Assim você vê os "erros" compreende melhor a história e não precisa desvalorizar nenhuma das artes.
Eh, parece q o preconceito tm imperado por aki. Literatura nao eh melhor q cinema, nem o contrario. Para apreciar bem a ambos é preciso do bom senso para avaliar os pontos fortes de cada um. É uma pena q muitos pensem em literatura como algo acima de qqr coisa.
:(
Estávamos em sintonia no dia...
Sempre bom falar de cinema.
Obrigada por colocar o meu link por aqui!
Fiquei lisonjeda
;D
Disponha! ^^
tenho q ve a primeira parte
p/ tender melhor
^^
O problema pra mim não é não ser idêntico ao livro (ou mesmo aos quadrinhos ou qqer outra fonte de inspiração) mas o desrespeito à essência da obra original, um desvirtuamento da idéia central, principalmente se motivado por fins ideológicos.
Dois exemplos q chegam a ser ofensivos são Constantine - onde o renegado aproveitador sem lugar em mundo algum dos quadrinhos é transformado num tipo de padreco q quer ir pro céu -
e Eu sou a lenda (A última esperança sobre a terra, no título original do livro de Philip José Farmer em português) onde uma história sobre alteridade, sobre a relatividade de nossos valores e nossa própria sobrevivência é tranformada numa papagaida patriótica q só os mais panacas conseguem engolir. Não sei sobre o filme original de 1971, mas esse com o Will Smith, porra, dá raiva...
eh mais tem vezes que que cinema e literatura entram em sintonia.
evidente que é complicado fazer adaptações de livros para a telona. os minusciosos detalhes das páginas na maioria das vezes não cabe dentro do enredo do filme pelo tempo da história. o código da vinci é um exemplo claro disso. de qualquer forma existem adpatações memoráveis como vc e a Karla citaram.
abraços.
Seu vicio, um dos objetivos desta série de posts é mostrar q o cinema, como toda e qualquer arte é livre para subverter, recriar e até "desrespeitar" uma obra "matriz". Se bem q o q vc ponderou tm a ver com nosso proximo post dessa discussao. Volte quando quiser para partilhar da conversa e grande abraço!!!
^^
São duas linguagens/narrativas. A gente nunca pode esquecer, há bons livros bem ou mal adaptados. Eu adoro quando há boa fidelidade, mas adoro muito mais qdo há boa transgressão. Como gosto de cinema e de literatura, fico feliz quando o filme supera. Claro que é um critério subjetivo, e justamente por isso, passível de discussão. Lembro-me agora de um exemplo: O Morro dos Ventos Uivantes. Amo o livro, mas como não emocionar-me com sua adaptação? Aquela tormenta de sentimentos, por mais que bem descritos na linguagem escrita, ganha força, poder, capacidade de despertar emoção na tela. Claro que há casos em que o contrário prevalece. Porém, imaginem uma cena em que um casal faz amor enquanto chove. Vc gasta 5 minutos para ver isso na tela. Lendo, no mínimo, 10 páginas, isso qdo o autor/narrador é bom e conciso. Por isso que adoro cinema. Tem linguagem visual e nada, qdo bom, escapa aos olhos!
Nos meus estudos a respeito, vi um exemplo interessante:
"O chato em escreveré que nunca se sabe se é para dizer 'quando saí chovia' ou 'chovia quando saí'. Em cinema é simples: se mostram os dois ao mesmo tempo". (BRITO, 2006: 12).
Taí uma coisa boa do cinema.
Exemplo perfeito. Sintetizou o que eu queria dizer com as palavras do supremo João Batista!
Não dá pra não comparar filme e livro, né? rs.
Eu sou dessas que toda vez que lê um livro e depois vê o filme, acaba preferindo o livro. É que, se a gente gosta da história, quer vê-la bem retratada, mas nem sempre achamos que Hollywood acertou a mão. Nos últimos anos, porém, fiquei satisfeita com as adaptações que vi...
"O amor nos tempos do cólera" me fez chorar tanto quanto o livro.
E "Diário de uma paixão" é um filme gostosíssimo de se ver! Boa adaptação! (Mas nesse caso confesso que só li o livro depois, rs).
Enfim... sempre terá alguém que não ficou 100% satisfeito! Isso é fato! Mas tem que levar em conta que é difícil resumir várias páginas em apenas 2hrs...
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