26/06/2012

Livro II; Cap. VI: Haruma

Sim, a dama que viam pela janela da catedral era Haruma, a deusa do tempo. Olhava sempre em direção à porta central, não piscava sequer um olho; os cabelos esverdeados batiam ao pescoço, eram adornados por jóias do mais fino ouro. Os ornamentos estavam também nos punhos, tornozelos e no cinto, cingindo as vestes esbranquiçadas. Na mão direita, um báculo cravejado de pedras mágicas que cintilavam, sugerindo que ainda funcionasse mesmo diante da maldição da vila. Aquela moça detinha poderes inimagináveis com relação ao tempo. Pelo que os avetureiros sabiam, poderia ela ditar-lhe variáveis e probabilidades de suas atitudes, não lhe revelando um futuro concreto. Não se sabe se ela mesma não sabia do verdadeiro futuro ou se abstinha de previsões precisas para não interferir no curso natural das coisas; há quem diga que ela já contou a um sacedorte coisas que realmente aconteceram, mas outros duvidam, dizendo ter sido mera coincidência, uma vez que a sorte está lançada para todos. Enfim, Haruma era uma deusa e, como tal, é mistoriosa, enigmática e também contestada por uns enquanto amada pelos demais. Que aquela figura reservava ao aventureiros?

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