20/08/2011

Como foi o V Fantasticon (parte II)


Continuando a matéria sobre a Fantasticon, falo agora sobre o que ocorreu no sábado e no domingo. Pela manhã tivemos oficinas dedicadas a quem quisesse aprimorar técnicas literárias. Já a tarde, no espaço temático da Biblioteca Viriato Correia na Vila Mariana - SP, local do evento, podíamos interagir com o mundo steampunk de maneira bastante divertida, além de visitar estandes de editoras, acompanhar inúmeros lançamentos de livros e conversar com autores de literatura fantástica. A presença deles era tão grande que, em determinados momentos, ficávamos em dúvida se conversávamos com autores ou pessoas com outras atividades, fato que comprova, de certa forma, a força crescente do gênero.


Enquanto tudo isto rolava no espaço temático, no auditório tínhamos palestras sobre assuntos relacionados à literatura fantástica, em que tivemos as presenças de editores e autores. Uma audição bastante interessante e particular foi a sobre o panorama historiográfico da literatura fantástica mexicana, apresentada pelo historiador, escritor e antologista Miguel Ángel Fernádez. Do domingo, destaco a interessante fundação da República dos Escritores, uma espécie de núcleo literário com fins mais de preparação do autor para lidar com as adversidades encontradas no mercado editorial/ literário. A apresentação teve ainda um bate-papo via Skype direto da Inglaterra com o consultor literário James Mcsill. Apesar de enfatizarem que era a primeira apresentação do tipo em 3D, não cheguei a ver grande utilidade neste tipo de recurso, o que, claro, não prejudicou a discussão. 


Por fim, as impressões da Fantasticon foram muito boas. Tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas, embora não tenha tido me estendido em conversa com a maior parte, devido ao dinamismo do evento. Adquiri alguns livros para uma avalçiação mais minuciosa desta produção literária, que, a julgar pelos três dias do simpósio, talvez não devessem ser tão vivlipendiadas como têm sido. Entretanto, é importante mostrar que a própia Fantasticon denota que há mudança de curso nesta relação difícil entre autores-academia-mercado editorial, o que, por si só já incita a revisão de conceitos mal formados que temos visto, bem como debates salutares (o que, em breve, renderá com este que vos tecla um interessante videocast, espero). Sendo assim, espero ter a oportunidade de estra na próxima reunião da Fantasticon. Agradeço, dizendo ter sido um prazer conhecer toda a turma que conheci. Comentários são sempre bem-vindos. Até. 

Fotos: (1) eu e os grandes escritores (da esquerda para a direita)  Nelson de Oliveira, Ana Cristina Rodrigues e Roberto Causo; (2) painel exibindo capas de antigos livros sci-fi mexicanos, apresentados por Miguel A. Fernández; (3) performers steampunk, entre eles as escritoras Amanda Reznor e Leona Volpe (respectivamente 1ª e 3ª da esq para a dir).

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