06/09/2010

Prog, Indie e Fusion: primos? (parte V)

Acredito que nas quatro postagens anteriores desta série você já tenha percebido que, apesar de estranha à primeira vista, a comparação entre Indie, Rock Progressivo e Fusion do partindo do experimentalismo de seus artistas é possível. Trago mais um exemplo agora.
Figurinha carimbada no playlist dos admiradores do rock progressivo, os franceses do Magma podem não ter obtido a projeção de Yes e Pink Floyd, mas conseguiu contruir (na verdade arté hoje constrói) algo ímpar, a partir da criação de uma estética avant-garde de muita qualidade que deu origem ao Zeuhl. Talvez o fato de sua pequena projeção se deva ao experimentalismo em excesso da banda, o que, seguindo minhas observações, os deixam pertinho de ícones fusion ou da cena indie. Sem dúvida, as sucessivas linhas de vozes inspiradas na música gospel, fundidas à língua criada pelo líder da banda, Christian Vander, o Kobaian, soam belíssimas, embora custo da perspicácia do ouvinte. Um dos principáis elementos de aproximação entre artista e ouvinte se dá pela letra. Sendo assim, um idioma criado originalmente funciona como um distanciamento proposital, o que talvez justifique o pequeno número de fãs da banda, em comparação com outros grandes nomes citados. O resultado de tudo isto é uma bela banda, que tem nesses excessos seu principal mérito e característica. Grande banda!


1 pitacos:

Ótimas misturas de som!
Recomendo.

abs,
Fernando Piovezam
seuanonimo.blogspot.com

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