30/01/2010

Sobre "A neblina"


Mais um conto se prepara para deixar a barriga da mãe, ou melhor, a mente maluca de seu criador. A neblina é um conto pesado, creio que até agora dispute com A carta o título de meu conto mais lúgubre e funesto. o conto mostra a história de amor vivida pela protagonista (mulher de novo no centro), que vive às turras com a mãe, que se envergonha profundamente do comportamento da moça.

"Minutos após, eu ainda em êxtase, ela invade o quarto. Sua vagabunda! Sua puta! Essa foi a educação que eu te ensinei? Mas a culpa não foi minha, mãe! Foi ele! Ele que não resistiu aos meus encantos. Você viu, foi? Viu como é que se geme? Não devia atrapalhar esse meu ato de amor. Cala a boca, sua... Ato de amor, sim. Por que não? Você não sabe o que tá falando, sua infeliz! Amor, sim, amor, amor, amor, a... "

Este é o trecho em que a mãe a flagra no quarto em pleno ato libidinoso, digamos assim. A cena é forte, o choque de gerações incomoda quem lê. À primeira vista, é tudo de extremo mal gosto, mas logo o leitor de posse das informações implícitas se surpreende. De qualquer forma, não é um texto fácil neste sentido, bastante dark, por assim dizer.
Espero escrever algo mais light para dar uma equilibrada logo mais. Mas isso só os deuses da literatura me incitarão a fazer.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More