Infelizmente vou ficar devendo uma fonte sobre quem falou sobre luto coletivo, mas vocês sabem que não fui eu o autor desse pensamento, embora partilhe dele. É. Acho que essa idéia que temos de luto coletivo, que tem a ver com a sensação de pesar pela morte de alguém que, de algum modo, era significativo e represantava a imagem de um futuro promissor, é por muito responsável pela glorificação de um artista após sua morte, muitas vezes este nem merecendo tal apreço (esses casos comentamos depois). É certo que essa situação toda se agrava quando a morte é trágica, como disse antes, e quando a pessoa em questão era, digamos assim, "inofensiva". Afinal, basta olhar o tanto de pessoas que choraram por Isabella Nardoni (foto), por exemplo, ou pelo menino João Hélio. Ninguém os conhecia, mas todos (ao menos em geral), sentiram-se de luto por ele. Acontece algo parecido na arte, então isso serve de questionamento: até onde a consagração do artista está atrelada a sua morte? Ainda não consigo chegar num consenso a respeito.
7 pitacos:
Então, para muitos artistas, a morte de fato foi o começo, mas eu acredito que alguns artistas consigam ser consagrados ainda em vida. Veja a Fernanda Montenegro, por exemplo, ou ainda o Jorge Amado. Ambos tem/tiveram bastante reconhecimento em vida...
Mais uma vez, parabéns pelo blog!
Faça-me uma visita:
http://lugaresromnticosquejfui.blogspot.com/
Abraços,
Nicole.
Estamos falando de vida, arte ou ambas? O velho, querido e sábio Aristóteles já nos alertava"O trágico é belo". O luto coletivo nos atinge exatamente porque nos identificamos com ele. Posso estar errada, mas desconfio que a dor faz parte da vida e sem ela, não somos nada!Aliás, o que seria de nós sem ela? Não haveria nem vida e muito menos, arte.
Esta coluna trata de discutir a relação da morte do artista e o seu sucesso em seguida.
Sobre a dor, tenho um grande amigo q diz q "arte é sofrimento".
Acho que ele está certo. ^^
Seu amigo está certo sim. Acho que me confundi com a coluna por conta da foto de Isabela Nardoni. Sorry!
Seu amigo está certo sim. Acho que me confundi com a coluna por conta da foto de Isabela Nardoni. Sorry!
Pronto, agora conectada com a coluna, acho que a morte pode ser o começo do reconhecimento do artista. Uma pena isso! Quantos talentos são desperdiçados por conta da nossa ignorância? Depois que o artista morre, reconhecem/reconhecemos o seu valor. Agora eu acho que vivo ou morto, ele precisa ser bom, senão, nem adianta morrer.
Me lembro de um certo professor nosso q chorava em vr q ninguem lembrava a morte de Azuzena Villa Flor (lider das maes de maio), mas todos lembravam de Leandro (do Leonardo) q tinha "aniversario de morte" no mesmo dia. ^^
Realmente, é uma pena q coisas como essa aconteçam.
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