13/04/2010

Arte: a morte é o começo? (parte III)


Infelizmente vou ficar devendo uma fonte sobre quem falou sobre luto coletivo, mas vocês sabem que não fui eu o autor desse pensamento, embora partilhe dele. É. Acho que essa idéia que temos de luto coletivo, que tem a ver com a sensação de pesar pela morte de alguém que, de algum modo, era significativo e represantava a imagem de um futuro promissor, é por muito responsável pela glorificação de um artista após sua morte, muitas vezes este nem merecendo tal apreço (esses casos comentamos depois). É certo que essa situação toda se agrava quando a morte é trágica, como disse antes, e quando a pessoa em questão era, digamos assim, "inofensiva". Afinal, basta olhar o tanto de pessoas que choraram por Isabella Nardoni (foto), por exemplo, ou pelo menino João Hélio. Ninguém os conhecia, mas todos (ao menos em geral), sentiram-se de luto por ele. Acontece algo parecido na arte, então isso serve de questionamento: até onde a consagração do artista está atrelada a sua morte? Ainda não consigo chegar num consenso a respeito.

8 pitacos:

Então, para muitos artistas, a morte de fato foi o começo, mas eu acredito que alguns artistas consigam ser consagrados ainda em vida. Veja a Fernanda Montenegro, por exemplo, ou ainda o Jorge Amado. Ambos tem/tiveram bastante reconhecimento em vida...
Mais uma vez, parabéns pelo blog!
Faça-me uma visita:
http://lugaresromnticosquejfui.blogspot.com/
Abraços,
Nicole.

Penso desta maneira tambem.O caso de Michael Jackson foi assim.Depois de Sua morte ele fez mais sucesso do que fez nesses ultimos tempos( de 2006 para cá )As pessoas se sentem de luto por outras que nem conhecem e realmente ver mortes de crianças tragicamente , provoca emoção em todos.

Estamos falando de vida, arte ou ambas? O velho, querido e sábio Aristóteles já nos alertava"O trágico é belo". O luto coletivo nos atinge exatamente porque nos identificamos com ele. Posso estar errada, mas desconfio que a dor faz parte da vida e sem ela, não somos nada!Aliás, o que seria de nós sem ela? Não haveria nem vida e muito menos, arte.

Esta coluna trata de discutir a relação da morte do artista e o seu sucesso em seguida.

Sobre a dor, tenho um grande amigo q diz q "arte é sofrimento".

Acho que ele está certo. ^^

Seu amigo está certo sim. Acho que me confundi com a coluna por conta da foto de Isabela Nardoni. Sorry!

Seu amigo está certo sim. Acho que me confundi com a coluna por conta da foto de Isabela Nardoni. Sorry!

Pronto, agora conectada com a coluna, acho que a morte pode ser o começo do reconhecimento do artista. Uma pena isso! Quantos talentos são desperdiçados por conta da nossa ignorância? Depois que o artista morre, reconhecem/reconhecemos o seu valor. Agora eu acho que vivo ou morto, ele precisa ser bom, senão, nem adianta morrer.

Me lembro de um certo professor nosso q chorava em vr q ninguem lembrava a morte de Azuzena Villa Flor (lider das maes de maio), mas todos lembravam de Leandro (do Leonardo) q tinha "aniversario de morte" no mesmo dia. ^^
Realmente, é uma pena q coisas como essa aconteçam.

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