Voltando à discussão de relações entre cinema e literatura, exibo alguns pontos interessantes que devemos observar, pelo menos na minha opinião, ao fazer a comparação de um livro que virou filme ou vice-versa. Como exemplo, recorro ao livro As horas, de Michael Cunningham e ao filme homônimo, dirigido por Stephen Daldry. Temos aqui uma amostra de obras importantes e igualmente consagradas em seus segmentos (apesar de reconhecer que o filme é bem mais popular, mas isso deve mais à superexposição característica do cinema). Como então conseguimos ver duas obras serem tão boas, sem nos apegarmos ao argumento da tal "fidelidade" de que falávamos anteriormente?
Ambos contam a mesma história, mesclando dados biográficos da escritora Virginia Woolf a uma história entrecruzada que requer muito da perspicácia de quem lê/ assiste. Uma figura de nossa realidade, inicialmente, já nos é postas como personagem. No livro a composição desta personagem é avaliada através do texto do autor, buscando sempre os melhores recursos estéticos para atingir seus objetivos. Quanto ao filme, para que ganhe sua autonomia e força, vemos também a bela atuação da Nicole Kidman (uma Virginia formidável, digamos). Resumindo a ópera, a história em si é a mesma, mas os pontos a se observar são distintos, sendo a interpretação dos atores, como citei, um dos vários exemplos de como criar algo de qualidade. Sem necessidade de atores, o romance pode contar com a exploração de outros recursos característicos, como o fluxo de consciência, tão característico na obra da própria Virginia. Logo, procuremos clarear nossas idéias ao compararmos obras distintas, para que não sejamos injustos nem tendenciosos. Logo mais, sigo com novos exemplos, procurando me voltar mais para a relação conto-curta, como é o foco desta série. Até lá.
Ambos contam a mesma história, mesclando dados biográficos da escritora Virginia Woolf a uma história entrecruzada que requer muito da perspicácia de quem lê/ assiste. Uma figura de nossa realidade, inicialmente, já nos é postas como personagem. No livro a composição desta personagem é avaliada através do texto do autor, buscando sempre os melhores recursos estéticos para atingir seus objetivos. Quanto ao filme, para que ganhe sua autonomia e força, vemos também a bela atuação da Nicole Kidman (uma Virginia formidável, digamos). Resumindo a ópera, a história em si é a mesma, mas os pontos a se observar são distintos, sendo a interpretação dos atores, como citei, um dos vários exemplos de como criar algo de qualidade. Sem necessidade de atores, o romance pode contar com a exploração de outros recursos característicos, como o fluxo de consciência, tão característico na obra da própria Virginia. Logo, procuremos clarear nossas idéias ao compararmos obras distintas, para que não sejamos injustos nem tendenciosos. Logo mais, sigo com novos exemplos, procurando me voltar mais para a relação conto-curta, como é o foco desta série. Até lá.
2 pitacos:
Este filme é do tipo que você vai absorvendo e se apaixonando a cada nova vez que revê... aos poucos e intensamente.
;D
eu tenho que dizer que é uma grande maravilha assistir esse filme e todo meu sentimento a respeito dele foi traduzido aqui
é preciso muito para não se perder na mente conturbada da Virgínia que foi tão bem retratada no filme
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