Com certeza alguém já deve ter chegado para você escritor e perguntado se você ouve alguma música em especial enquanto escreve. Alguns escritores preferem o silêncio, outros música de elevador, outros algo mais pesado. Sim, já me fizeram essa pergunta e, para respondê-la, resolvi criar essa pequena série falando sobre doze bons discos que ouço durante a escrita. Entretanto, ressalto que música não é exatamente o que me inspira; prefiro ler coisas não diretamente ligadas à escrita (filosofia, sociologia, psicollogia, etc.), fazendo com que novas situações apareçam e possam virar boas narrativas. Bom, vamos aos 3 primeiros discos:
O disco mais famoso do Tool, Lateralus (2001), é uma viagem que transgride tudo o que se espera de um disco de heavy metal. O álbum, cheio de citações à Thelema, é dificil, obscuro, mas absolutamente prazeroso de ouvir. Destaques para "The grudge", "Schism" e para a faixa-título, que possui densidade e complexidade pouco vistas nos dias de hoje.
Se existe alguém que possa representar com maestria a expressão "cantar com o coração", este é Jeff Buckley. Morreu cedo, mas deixou Grace (1994), álbum que transborda emoção, especialmente pela interpretação do cantor. Destaques para "Lilac wine" (que já recebeu de mim uma adaptção para narrativa curta), "Life eternal" e "Last goodbye".
Banda de influências bastante variadas, de Coltrane a King Crimson, The Mars volta possui álbuns excelentes. Embora a maior parte de seus fãs prefira De-Loused in the Comatorium (2003), disco de estréia, acredito que Amputechture (2006) é onde a banda consegue seu ápice. Um disco de longas faixas, repleto de melodias atípicas e incursões experimentais. Ouça a faixa-título, a balada "Asilos Magdalena" e "Tetragrammaton"; esta última uma viagem de 17 minutos com tudo que a banda tem de bom a oferecer. Discão.
Continua...
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